Segundo afirmam especialistas, no caso da queda desse corpo celeste, a força de sua explosão ultrapassará em mil vezes a do meteorito de Chelyabinsk.
Denis Denisenko, membro da equipe da Master, foi o primeiro a notar o “visitante traiçoeiro”. Após ter estudado a lista de objetos celestes suspeitosos, Denisenko comunicou as coordenadas do asteroide ao Centro de Planetas Menores da União Astronômica Internacional.
Em breve, a descoberta foi confirmada por um astrônomo britânico. Especialistas efetuaram não menos de uma centena de medições do novo corpo espacial. Ao objeto foi atribuído o nome de 2014 UR116, sendo determinado que ele é potencialmente perigoso para três planetas – a Terra, Marte e Vénus. É impossível por enquanto predizer com exatidão sua trajetória que pode mudar sob a influência de outros corpos celestes.
De acordo com os cientistas, o asteroide tem aproximadamente 370-390 metros de diâmetro, representando uma séria ameaça no caso da colisão com a Terra, disse à Voz da Rússia Serguei Yazev, diretor do observatório da Universidade Estatal de Irkutsk:
“Periodicamente, esse asteroide aproxima-se de cada um dos planetas referidos (Terra, Marte, Vénus). Segundo os resultados de observações feitos durante os dois primeiros dias após a descoberta, o corpo foi qualificado como asteroide perigoso para a Terra, o que não significa, porém, que o 2014 UR116 irá colidir inevitavelmente com o nosso planeta. Simplesmente, de acordo com a classificação de astrônomos, quando a órbita ultrapassa o ponto crítico a caminho da Terra, todos esses objetos são considerados como potencialmente perigosos a partir de uma certa distância”.
Essa distância, segundo a classificação de especialistas, constitui menos de 0,05 unidades astronômicas, ou seja aproximadamente 19,5 distâncias entre a Terra e a Lua. É importante também o tamanho do objeto: consideram-se perigosos os corpos espaciais cujo diâmetro supera 100-150 metros. Esses asteroides poderiam causar devastação regional sem precedentes ou grandes tsunamis caso colidissem com o planeta.
Até hoje, foram registrados cerca de 5 mil objetos análogos. O 2014 UR116 é o terceiro asteroide perigoso descoberto pelo sistema de telescópios robóticos Master. Os dois outros têm diâmetros de 250 e de 125 metros. A energia da explosão no caso da colisão desses corpos com a Terra ultrapassará em mil vezes a força do impacto do meteorito de Chelyabinsk, que atingiu a Sibéria em fevereiro de 2013. Seu maior fragmento caiu no lago de Chebarkul e foi descoberto e retirado mais tarde por mergulhadores. Na altura, a onda explosiva destruiu vidros em muitos prédios da cidade e causou traumatismos a mais de 1,5 mil pessoas que solicitaram assistência médica.
O novo corpo, descoberto por astrônomos russos, será estudado detalhadamente. Definindo com precisão a órbita do asteroide, será possível responder se ele ameaça realmente os terráqueos. Em qualquer caso, o novo asteroide ultrapassa pelo tamanho o famoso Apophis cujo diâmetro constitui aproximadamente 270 metros.
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