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sábado, 29 de novembro de 2014

Cientistas descobrem barreira que protege a Terra de radiações

Ilustração mostra terra envolvida por plasmasfera (em azul esverdeado), por sua vez envolvida pelos cinturões de (Foto: Van Allen NASA's Scientific Visualization Studio/Divulgação)Ilustração mostra Terra envolvida por plasmasfera (em azul esverdeado), por sua vez envolvida pelos cinturões de (Foto: Van Allen NASA's Scientific Visualization Studio/Divulgação)

Cientistas identificaram uma barreira quase impenetrável ao redor da Terra que impede que elétrons ultra-energéticos atinjam o planeta. Esse escudo fica no Cinturão de Van Allen, uma camada formada por partículas eletricamente carregadas mantidas no lugar pelo campo magnético terrestre.

Esse cinturão - formado por um cinturão interno (que fica entre 640 e 9,6 mil km acima da superfície terrestre) e outro externo (que fica entre 13,5 mil e 57 mil km) - foi descoberto em 1958. Sabe-se que eles são capazes de se expandir e de encolher e que se mantêm separados por alguma força.
Quando observações mostraram que elétrons muito energéticos mantinham-se sempre a uma certa distância da Terra, descobriu-se que a borda interna do cinturão mais externo de Van Allen funciona como uma fronteira que esses elétrons não conseguem penetrar em condições normais.

Os pesquisadores acreditam que a chamada plasmasfera, uma nuvem gigante de partículas carregadas que fica a cerca de mil km da superfície terrestre, estendendo-se até o cinturão mais externo de Van Allen, pode ser a responsável por esse escudo.
As partículas na borda externa da plasmasfera fazem com que as partículas do cinturão externo se dispersem e passem a se movimentar rapidamente ao redor do nosso planeta. Esse movimento é capaz de repelir os elétrons mais energéticos que tentam se mover na direção da Terra. Caso não fossem impedidos de chegar ao seu destino, esses elétrons poderiam ser prejudiciais.
"Essa barreira para elétrons ultrarápidos é uma característica notável dos cinturões", disse Dan Baker, cientista da Universidade do Colorado em Boulder. "Conseguimos estudá-la pela primeira vez porque nunca tivemos medidas tão precisas desses elétrons de alta energia."
A descoberta foi publicada na edição desta quinta-feira (27) da revista "Nature".
G1

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