Kuwait, 31 out (Prensa Latina) O parlamento do Kuwait instou hoje a deter as recorrentes agressões de Israel contra os palestinos e santuários muçulmanos, enquanto a Organização para a Cooperação Islâmica (OCI) também condenou o fechamento da mesquita Al-Aqsa.
O presidente da Assembleia Nacional Marzouq al-Ghanim qualificou de injusto que o regime sionista impeça o acesso de palestinos e demais muçulmanos ao referido templo situado na parte oriental de Jerusalém e considerado o terceiro lugar santo do Islã, depois de Meca e Medina."Fechar a mesquita na cara dos paroquianos e impedir-lhes de entrar nesse santuário é uma violação atroz ao status sagrado de Jerusalém", denunciou Al-Ghanim, atual presidente da União Interparlamentar Árabe.
A este respeito, solicitou à ONU e aos principais países que patrocinam o processo de paz no Oriente Médio a impedir que estes atos israelenses se repitam porque -reforçou- "são um claro indicativo de que a comunidade internacional faz vista grossa diante da situação".
Um editorial do jornal em inglês The Gulf News pronunciou-se nesta sexta-feira para que os Estados Unidos e a União Europeia (UE) atuem em relação ao que qualificou de "arrogância israelense que conduz ao avivamento em níveis perigosos da violência nas ocupadas Jerusalém e Cisjordânia".
O jornal, editado nos Emirados Árabes Unidos, criticou o desrespeito de Israel ao processo de paz porque "odeia inclusive a ideia de uma solução de dois Estados (daí que) se tornam necessárias ações internacionais mais contundentes".
Deve-se começar, propôs The Gulf News, pelo "fim de contatos normais" com Israel por parte de Washington e da UE, e impedir o livre fluxo de ajuda e comércio a um governo como o de Benjamin Netanyahu, "dedicado a destroçar toda esperança de solução negociada".
Fustigou ademais o executivo de direita de Netanyahu porque -indicou- "alenta a violência para tornar a situação mais explosiva e justificar assim novas repressões e impor mais brutalidade contra os palestinos".
Por seu lado, o secretário geral da OCI, Iyad Amin Madani, considerou o fechamento de Al-Aqsa um "sério precedente e forte provocação aos sentimentos da Ummah (comunidade) Islâmica", e reclamou ao Conselho de Segurança da ONU "frear imediatamente as agressões israelenses".
Em uma mensagem da cidade saudita de Jeddah, sede da entidade que agrupa 57 países, Madani assinalou que a posição sionista é também uma intrusão nos direitos religiosos dos muçulmanos naquele recinto sagrado, ao mesmo tempo que viola todas as convenções e leis internacionais.
A OCI, que em outro comunicado cumprimentou a decisão da Suécia de reconhecer a Palestina como Estado, responsabilizou Israel das repercussões que possa ter sua atitude racista, inclusive depois de Tel Aviv anunciar hoje que reabrirá Al-Aqsa com certas restrições.
Prensa Latina
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