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sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Apesar dos resultados em Minsk, navios classe Mistral continua suspenso


O chanceler francês Laurent Fabius disse nesta quinta-feira, 12, que a entrega dos porta-helicópteros da classe Mistral à Rússia continua suspensa, apesar do sucesso das negociações realizadas ontem e hoje em Minsk sobre a crise ucraniana.

“Como nós podemos, nas atuais condições, cumprir um contrato fechado há vários anos? Nesse momento, o contrato continua suspenso”, disse Fabius em declaração à TV francesa iTele, acrescentando que, por outro lado, também não vê sentido na possibilidade de impor novas sanções contra a Rússia.
Em junho de 2011, a empresa russa Rosoboronexport e a francesa DCNS assinaram um acordo de 1,2 bilhão de euros para o fornecimento de dois porta-helicópteros da classe Mistral à Rússia. O primeiro deles, o “Vladivostok”, deveria ter sido entregue a Moscou em meados de novembro, mas, acusando a Rússia de contribuir para o desenvolvimento da crise na vizinha Ucrânia, as autoridades francesas decidiram suspender a negociação por tempo indeterminado.

No início deste mês, em entrevista à agência Interfax, o presidente do Comitê de Defesa da Duma de Estado (câmara baixa do Parlamento russo), Vladimir Komoyedov, disse que a Rússia não deveria esperar mais a entrega dos navios encomendados à França, e sim exigir a devolução do dinheiro gasto e uma indenização pelo descumprimento do acordo.

Fonte: Sputnik

O não cumprimento do contrato dos Mistral custará a Paris € 5 milhões por mês


O não cumprimento das condições do contrato para a entrega de dois porta-helicópteros tipo Mistral, encomendados pela Rússia, vai custar à França € 5 milhões por mês, de acordo com o jornal francês L’Opinion, que cita as fontes próprias.

Segundo o jornal, este valor só cobrirá as despesas de proteção e manutenção dos navios, mas não inclui a indenização que a França deve pagar à Rússia caso não cumpra o contrato.
“No momento, muito poucas pessoas sabem sobre os valores da indenização. Fontes familiarizadas com a situação falam sobre o montante de 500 milhões a € 5 bilhões”, explica o artigo.

O autor, Jean-Dominique Merchet, também nota que este valor depende em muito da posição russa. Por exemplo, a parte russa pode pedir uma indenização pela estadia dos marinheiros russos em Saint-Nazaire.

Os marinheiros que fizeram um curso de treinamento a bordo dos porta-helicópteros Mistral (encomendados pela Rússia à França) deixaram o porto de Saint-Nazaire nos finais de dezembro de 2014.

L’Opinion acrescenta que, caso a parte francesa recuse entregar definitivamente os navios Mistral à parte russa, a França deverá também devolver  € 890 milhões a Moscou.

Segundo o jornal, o contrato dos Mistral pode ser rescindido a partir de 16 de maio. Neste caso, a Rússia poderá exigir uma compensação por meio de tribunal de arbitragem. Outro cenário é a renovação do contrato após 16 de maio.

A companhia russa de exportação e importação de armamentos Rosoboronexport assinou com a companhia francesa DCNS um contrato para a construção de dois navios deste tipo em junho de 2011. As partes posteriores dos porta-helicópteros foram construídas no estaleiro russo Baltiysky (que faz parte da Corporação Unida de Construção Naval) em São Petersburgo. O acoplamento com as partes anteriores e as obras de acabamento foram efetuadas no estaleiro da companhia STX France, em Saint-Nazaire.

O primeiro navio de desembarque Vladivostok a França deveria ter sido entregado em14 novembro de 2014. O segundo navio deverá ser entregado até o final de 2015.

Mais cedo o presidente francês, François Hollande, disse que decidiu suspender a entrega do primeiro dos navios (Vladivostok) por causa da situação na Ucrânia. Por sua vez, a Rússia declarou que está à espera do navio ou da restituição do dinheiro.

Fonte: Sputnik
Plano Brasil

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