A Ucrânia pode enfrentar um terceiro Maidan, disse Dmitry Yarosh, deputado ucraniano e líder do grupo extremista Setor de Direita, em entrevista ao jornal Obozrevatel.
“Na Ucrânia tudo é possível. Sobretudo um novo Maidan. As pessoas têm dignidade. E quando elas estão fartos, saem para o Maidan”, manifestou Yarosh.
Maidan, para além de ser a praça principal de Kiev, passou a significar também o próprio golpe de Estado ocorrido na Ucrânia.
Ele tem certeza que, se acontecer um novo Maidan, será mais sangrento que o precedente.
“Com certeza o novo será muito… diferente, digamos. As pessoas têm tantas armas nas mãos que ninguém ficará em barracas à espera por um mês ou dois, cantar canções e agitar lanternas. E isto é algo que nós não queremos”, frisou.
Yarosh confessou que se vê obrigado a convencer alguns membros da organização de que, na situação atual, um novo Maidan pode resultar em perda do Estado ucraniano.
“Temos rapazes radicais que já gritam: vamos fazer isto agora! Especialmente a juventude que sentiu este espírito de liberdade – e agora estão prontos a assaltar já amanha a Suprema Rada e a administração presidencial e atirar todos fora dali. Tentamos explicar-lhes que assim vamos perder o Estado”, manifestou.
O Setor de Direita é uma união de organizações nacionalistas de extrema direita. Em janeiro e fevereiro de 2014, os combatentes do movimento participaram em confrontos com a polícia e no assalto a edifícios administrativos em Kiev. Depois de abril, participam no esmagamento dos protestos no leste da Ucrânia, ao lado do exército ucraniano. Em março de 2014, o movimento foi transformado em partido político, liderado por Dmitry Yarosh, mantendo ao mesmo tempo o seu braço armado.A atividade do Setor de Direita é proibida na Rússia.
Fonte: Sputnik News Brasil / Plano Brasil
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