Há pouco menos de 1 mês para o aniversário de um ano do referendo realizado em 18 de maio de 2014, onde os cidadãos suíços rejeitaram a compra de 22 unidades do caça sueco Gripen NG, o ministro da Defesa da Suíça, Ueli Maurer, numa entrevista concedida à emissora de TV RTS, afirmou que as condições de policiamento aéreo de seu país estavam críticas, e que a compra de novos caças será avaliada novamente em 2017.
A situação de prontidão da Força Aérea Suíça (SAF), que já não era boa, tornou-se ainda mais delicada diante da desativação de 10 unidades do caça F-5E Tiger II, em operação naquele país, devido a fissuras estruturais encontradas nas aeronaves. Segundo Ueli Maurer, os problemas foram detectados em 16 dos 32 caças do tipo atualmente em operação, entretanto em apenas 6 havia condições de reparos, reduzindo o número de aeronaves de combate da SAF para 22 caças F-5E e 32 caças F/A-18C/D.
Com a baixa compulsória de todos F-5E Tiger II em operação se aproximado, haja vista a avançada idade das aeronaves, o ministro da Defesa suíço acredita que, se atualizados, os caças F/A-18 Hornet poderão permanecer na ativa até por volta de 2035, entretanto, não serão suficientes para o caso de um conflito eclodir na Europa (sic), razão pela qual, em 2017, o assunto referente à compra de novos caças será retomado.
Segundo Ueli Maurer, o novo processo deve incluir dois dos três candidatos pré-selecionados a partir do esforço anterior; ou seja, o Saab JAS 39E Gripen e o Dassault Rafale (o Eurofighter Typhoon não é mais considerado um “favorito”). Ele acrescentou também que um avião americano fará parte da competição. Analistas militares acreditam tratar-se do Boeing F/A-18E/F Super Hornet.
Em 18 de maio de 2014, quando a Suíça rejeitou a aquisição de novas aeronaves de combate, já era notório que os caças F-5E Tiger II haviam praticamente atingido o limite de sua vida útil e deveriam ser retirados de serviço por volta de 2016. Desde então, a velocidade com que a frota da SAF parece ter se degenerado proporciona uma maior sensação de urgência para o esforço do reaparelhamento da Força Aérea Suíça, além de fornecer evidências claras de que o país não pode permitir mais atrasos.
FONTE: RTS, IHS Jane’s – EDIÇÃO: Cavok
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