“Os motivos para a criação de um Exército da UE podem girar em torno à Rússia, mas na realidade a idéia aponta diretamente contra os EUA ao ser uma maneira de reduzir sua influência agora que os membros comunitários e a Alemanha estão em desacordo com os EUA e a OTAN a respeito da Ucrânia”, sustenta o especialista Mahdi Darius Nazemroaya.
“A história por trás destas exposições são as tensões que estão se produzindo entre EUA de um lado e a UE e a Alemanha de outro. Por isso a Alemanha reage de maneira entusiasmo à proposta (do presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker), respaldando um Exército conjunto da UE”, declara o analista geopolítico e sociólogo Mahdi Darius Nazemroaya em RT.
O especialista garante que atualmente está considerando uma situação semelhante à ocorrida em 2003, quando “durante a preparação da invasão ilegal anglo-americana do Iraque, Alemanha, França, Bélgica e Luxemburgo se reuniram para tratar a questão como uma alternativa à OTAN”, e argumenta que atualmente se deve a “uma crescente discordância entre Alemanha e EUA sobre a crise da Ucrânia” que iniciou-se a partir do anuncio de que o Pentágono enviaria armas ao país.
“Advertindo que o assunto podia sair do controle, a resposta da França e Alemanha foi iniciar uma ofensiva de paz através de conversações diplomáticas que eventualmente conduziriam a um acordo de cessar fogo em Minsk (Bielorrusia)”, explica Nazemroaya, quem destaca a posição pública da chanceler alemã Angela Merkel na Conferência de Segurança em Munique, onde desafiou abertamente a exigência norte-americana de que seus sócios europeus participaram na militarização do conflito na Ucrania.
Além disso, o especialista faz referencia à alta representante da UE para Assuntos Exteriores, Federica Mogherini, quem estabeleceu que “a UE buscará uma aproximação realista com Moscow e não será arrastada até uma relação de confrontação com a Rússia”. “Suas palavras continham uma mensagem clara para Washington: a UE sabe que não pode haver paz na Europa sem a Rússia e não quer ser um instrumento dos EUA contra Moscow”, afirma Nazemroaya.
Mesmo assim, o analista geopolítico destaca que “para os EUA o prêmio final no conflito da Ucrânia é a própria Alemanha, pois Berlim tem uma enorme influência na direção que toma a UE” e que “EUA seguirá avivando as chamas na Ucrânia para desestabilizar a Europa e a Eurásia”. Washington “buscará a todo custo o que puder fazer para impedir que a UE e Rússia se unam e formem um ‘espaço econômico comum’ desde Lisboa até Vladivostok”.
Em relação à influência que os EUA exerce sobre a Europa, “tanto Berlim como uma parte representativa da UE estão incomodados pela maneira como Washington utiliza a OTAN para promover seus interesses e interferir nos assuntos internos” do continente.
“É por isso que os vassalos dos EUA na UE –concretamente o Reino Unido, Polônia e os três Estados Bálticos– tem expressado claramente sua oposição à idéia de uma força militar comum dos países membros”, segundo o autor.
Traduzido para publicação em dinamicaglobal.wordpress.com
Autor: Mahdi Darius Nazemroaya
Fonte:http://www.globalresearch.ca/fin-de-la-otan-un-ejercito-de-la-ue-para-reducir-la-influencia-de-ee-uu-en-europa/5443280
Dinâmica Global
Autor: Mahdi Darius Nazemroaya
Fonte:http://www.globalresearch.ca/fin-de-la-otan-un-ejercito-de-la-ue-para-reducir-la-influencia-de-ee-uu-en-europa/5443280
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