É a chance para uma força aérea necessitada de um bom jato de apoio aéreo aproximado (close air suport).
A companhia americana Boeing anunciou, na última quarta-feira (20.05), que negocia com a USAF (U.S. Air Force) uma autorização que lhe permita oferecer no mercado internacional mais de 50 exemplares do bimotor de ataque ao solo Fairchild-Republic A-10 Thunderbolt II.
Na última década e meia, apesar de seu bom desempenho contra alvos terrestres – instalações militares, blindados e tropas de Infantaria – nas duas Guerras do Golfo e na Guerra do Kosovo, a aeronave esteve na berlinda dentro da própria aviação militar dos EUA, que quase a aposentou.
Mas, nos últimos anos, o A-10 revelou-se utilíssimo em bombardeios de precisão contra colunas terrestres de grande mobilidade no Afeganistão, no Iraque e agora também na Síria.
Seus atributos de há muito deixaram de ser questionados.
Impulsionado por dois motores General Electric TF34-GE-100, o avião, que a plena carga pesa quase 23 toneladas (7,2 toneladas só de armamento), demonstrou uma capacidade de aceleração que lhe garante excepcional manobrabilidade em voos de penetração a baixa altitude – e mesmo a baixa velocidade.
Dotado de um canhão rotativo de 30 mm de alta velocidade e de um variado mix de bombas e mísseis, o Thunderbolt provou ser versátil para alcançar o inimigo com alto grau de letalidade. E ainda, mercê de sua suíte de contramedidas eletrônicas, uma boa capacidade de sobrevivência em teatros de operação de média e alta intensidade.
Lote – Dos 300 A-10 existentes no inventário da U.S. Air Force, 173 estão sendo submetidos a um reforço estrutural (que, em alguns casos, incluirá a troca das asas). Outros 69 estão, por agora, reservados para a mesma modernização. Mas ainda vão sobrar quase 60 Thunderbolts, que, se não forem vendidos a uma nação amiga dos Estados Unidos, irão para uma área destinada a aeronaves desprogramadas, no estado americano do Arizona.
São os jatos desse lote restante que a Boeing deseja oferecer a forças aéreas que já se cadastraram para recebe-las, tanto na direção da Boeing quanto no comando da aviação militar americana.
Países como a Jordânia e o Paquistão (ambos com problemas de insurgentes próximos às suas fronteiras) já teriam manifestado interesse pelo Thunderbolt. Estima-se que – dependendo das exigências do cliente – a Boeing vá pedir entre 15 e 20 milhões de dólares por um A-10 com cerca de 25 anos de uso.
Poder Aéreo
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