Canhão do F-35A em testes de tiro no solo

Testes de munição com o canhão GAU-22/A do F-35A foram iniciados.

O F-35A da força aérea está em processo de testes do canhão GAU-22/A. O canhão é uma arma tipo Gatling (rotativo) com quatro canos que dispara munição de 25 milímetros.

Ao contrário das variantes F-35B e F-35C, o GAU-22/A é ‘orgânico’ ou seja, é integrado internamente para o F-35A desde a montagem. Nas outras variantes, o canhão é utilizado externamente, montado num pod ventral, de forma similar ao GAU-12 que tem sido utilizado no AV-8B.

A primeira fase de testes começou no dia 9 de junho, quando os primeiros tiros foram disparados a partir do F-35 AF-2 em Edwards. A equipe de teste espera terminar o teste de solo durante agosto e iniciar a fase aérea até o final de setembro. A capacidade da arma de ficar operacional está num dos blocos do futuro software, que está nos estágios iniciais de testes em Edwards.

A parte complicada sobre esta fase de teste é que um canhão nunca será operacional no chão. Para realizar o teste, eles têm que “enganar” o software para fazê-lo pensar que está no ar.

“O GAU-22/A usa munição de 25mm, que é significativamente mais poderosa que as usadas no F-16, F-15E e F-15C”, disse o major Andrew Rollins, diretor-assistente de operações do461 Flight Test Squadron.

A integração de um canhão num avião não é algo complicado, ainda mais nos chamados modelos “legacy”, mas neste caso, ele está sendo integrado em uma plataforma stealth. Em aviões ‘antigos’, o canhão dispara através de um furo na fuselagem, moldada desde o início para isso. No caso de um avião furtivo, para manter o jato escondido do radar, o canhão é mantido atrás de portas fechadas, que só se abrem milésimos de segundos até que o gatilho seja acionado.

Os testes em solo com AF-2 são projetados para responder a perguntas como; a porta abre corretamente? Será que os canos giram corretamente? Será que o fluxo de ar através do orifício é adequada para dissipar os gases inflamáveis?

Durante os testes no ar, a atenção vai ser para os potenciais efeitos de ter uma arma montada internamente, como vibrações, acústica e fluxo de ar.

Para avaliar o desempenho da arma, a equipe de teste é composta por pessoal da Força Aérea, Lockheed Martin, Pratt & Whitney e Northrop Grumman.

Cavok