Parte das recomendações do novo plano de redução de custos da DCNS foi decidida pelo Comitê Executivo da companhia, que o próprio Hervé Guillou dirige
O CEO do grupo naval DCNS, Hervé Guillou anunciou na última quinta-feira (23.07), em Paris, um programa de redução de custos e de otimização de recursos humanos para vigorar até 2018.
“Esperamos reduzir de 15 a 20% dos nossos custos indiretos, aumentando, ao mesmo tempo, a competitividade dos nossos preços de exportação”. A meta, nesse último caso, é enfrentar indústrias navais emergentes ou que já disputam mercado diretamente com os franceses, como as da Coreia do Sul, China, Rússia e Índia.
Em linhas gerais, o planejamento divulgado tem o objetivo de devolver competitividade à DCNS, cujo desempenho econômico-financeiro foi abalado, me 2014, por alterações nos requisitos e atrasos nos recebíveis do programa de submarinos franceses de propulsão nuclear da classe Barracuda, bem como pelo cancelamento das verbas que eram aguardadas em pagamento pelos dois porta-helicópteros de projeção de força da classe Mistral construídos para a Marinha da Rússia.
Guillou assinalou: “A nossa ambição é permanecer o campeão europeu em defesa naval nos próximos dez anos por meio do desenvolvimento de um negócio sustentável”.
A DCNS tem precisado lidar com diversas alterações ao programa original de construção dos submarinos nucleares franceses da classe Barracuda
A DCNS pretende identificar novas fontes de recursos, incluindo as que podem ser obtidas por meio de ganhos de produtividade, e pelo investimento em geração de energia marinha – recomendações feitas pelo novo Comitê Executivo que o próprio Guillou instituiu e dirige desde o início deste ano.
A força de trabalho da empresa, de 13.000 funcionários, também será afetada pelo plano de redução de custos. Dois mil postos de trabalho não serão preenchidos quando os seus atuais ocupantes se aposentarem.
O efetivo da DCNS sediado na capital francesa será fortemente reduzido, e haverá uma descentralização de atividades que levará equipes da empresa para centros operacionais na faixa litorânea da França: em Toulon, Brest e Cherbourg.
As instalações da DCNS em Issy-les-Molineaux, no sudoeste de Paris, onde trabalham cerca de 130 pessoas, serão fechadas.
Plano Brasil
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