A Marinha indiana aguarda propostas da Lockheed Martin, BAE Systems, DCNS e Rosoboronexport, após especificar o que quer sobre um novo porta-aviões.
Pela primeira vez, o tamanho e as especificações do futuro porta-aviões da Marinha indiana foram oficialmente conhecidas. A Marinha contatou pelo menos quatro grandes construtores navais, pedindo à apresentação de propostas para ajudar na concepção de um porta-aviões capaz de deslocar 65.000 toneladas, atingir velocidades superiores a 30 nós (56 km/h), com cerca de 300 metros de comprimento e dotado de catapultas.
No entanto, a propulsão não está definida, se nuclear, turbinas a diesel ou a gás.
As especificações da marinha apontam para uma capacidade de embarque de 30 a 35 aviões de asa fixa e cerca de 20 aeronaves de asa rotativa (helicópteros). Ele teria uma catapulta para lançar aeronaves de asa fixa e isso envolveria uma grande mudança, já que a marinha indiana tem uma longa tradição no uso de “ski-jump”.
Considerando o uso de catapulta, a Marinha pediu informações a cerca da catapulta eletromagnética (EMALS – electromagnetic aircraft launch system) como uma opção as catapultas atuais, movidos a vapor e utilizadas nos ultimos 60 anos.
O futuro NAe é hoje chamado de IAC-2 (indigenous aircraft Carrier 2). Atualmente, a Índia está construindo o IAC-1, chamado INS Vikrant e deslocando 40.000 toneladas e que está programado para ser comissionado em 2018.
Oficiais do alto escalão da Marinha indiana estão há anos trabalhando muito próximos dos EUA, o que indica que a Lockheed Martin tem grandes chances de ser escolhida. No entanto, pode haver outros na corrida. Especialistas salientam que as especificações apresentadas são próximas do porta-aviões francês Charles de Gaulle(em termos de velocidade e tamanho, embora não em deslocamento) e ao britânicoQueen Elizabeth II (em termos de deslocamento e tamanho, embora não em velocidade).
Especialistas também começaram a avaliar as implicações das especificações, ressaltando que pedir de 25 a 30 caças e 20 helicópteros em 300 metros de comprimento e 65.000 toneladas, seria limitar o tamanho das aeronaves a bordo. Se caças pesados devem ser uma parte do complemento do navio, ele (o navio) precisaria ser maior. Ao MiG-29K, será necessário que ele tenha um nariz dobrável para ocupar menos espaço do hangar.
A especificação de velocidade superior a 30 nós, elimina certas formas de propulsão, apontando para uma unidade de propulsão elétrica.
FONTE: Business Standard – Tradução e edição: CAVOK
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