Pentágono nega que algum combatente tenha sido preso.
Frente Al-Nusra alertou norte-americanos a desistirem do treinamento.
O braço da Al Qaeda na Síria declarou nesta quinta-feira (13) ter detido membros de um grupo rebelde sírio recém-chegado de um treinamento realizado pelos Estados Unidos, um desafio direto ao plano de Washington de instruir e equipar insurgentes para que combatam a facção radical Estado Islâmico.
Em comunicado que pareceu contradizer comentários do Pentágono, a Frente Al-Nusra disse que os homens detidos entraram na Síria vários dias atrás e foram treinados sob a supervisão da Agência Central de Inteligência norte-americana (CIA, na sigla em inglês).
O Pentágono negou que qualquer membro de um grupo inicial de cerca de 60 rebeldes preparados pelos EUA, conhecido como "Nova Força Síria", tenha sido raptado. O chefe de gabinete da coalizão liderada pelos EUA contra o Estado Islâmico também lançou dúvidas sobre o relato.
"Toda a informação que temos é que nenhum (membro) das novas forças sírias foi capturado", declarou o brigadeiro-general dos Fuzileiros Navais, Kevin Killea, durante um boletim a repórteres.
A Frente Al-Nusra descreveu seus reféns como agentes norte-americanos e alertou outros a desistirem do programa de treinamento, além de declarar que a coalizão realizou ataques aéreos contra suas posições durante suas batalhas com os rebeldes.
Mais cedo nesta semana, fontes da oposição síria e de um grupo de monitoramento afirmaram que a Frente Al-Nusra deteve o líder da “Divisão 30” de rebeldes treinados pelos EUA e vários de seus membros. A Frente Al-Nusra ainda não comentou estes relatos.
"Alertamos os soldados (da Divisão 30) a não seguirem adiante com o projeto norte-americano", declarou o grupo em comunicado divulgado na Internet. "Nós, e o povo sunita da Síria, não permitiremos que seus sacrifícios sejam oferecidos em uma bandeja de ouro para o lado norte-americano."
G1
Nenhum comentário:
Postar um comentário