A Organização das Nações Unidas (ONU) tem condenado os recentes bombardeios sauditas contra o porto de al-Hudayda no oeste do Iêmen, sendo vital para o rendimento das necessidades básicas ao país árabe.
“Esses ataques são uma clara contravenção da lei humanitária internacional e são inaceitáveis”, enfatizou o subsecretario geral de Assuntos Humanitários e Coordenador do Socorro de Emergência da ONU, Stephen Ou’Brien, ante o Conselho de Segurança das Nações Unidas (CSNU).
Depois de manifestar seu “extrema preocupação” pelo “severo impacto” que poderiam ter provocado esses bombardeios “inaceitáveis”, o servidor público da ONU qualificou esta medida saudita de “desumana” e “contraditória às normativas internacionais”.
Ao seu julgamento, o porto de al-Hudayda desempenha um papel vital na importação de alimentos, medicinas e combustíveis necessários para o país, pelo que estes ataques acentuarão já na piorada de situação humanitária no Iêmen.
“O escalada sofrimento humano é quase incompreensível (…) me chocando o que tenho visto”, explicou Ou’Brien em declarações a seu regresso de uma visita ao Iêmen.
Neste contexto, recordou o obstrucionismo aos esforços de socorro por falta de fundos e precisou que até o momento apenas foram transferidos 18 por cento dos 1.600 milhões de dólares reclamados para assistir ao Iêmen.
Tem que chegara a uma solução política para o conflito “antes que seja demasiado tarde. Caso contrário não terá nada pelo qual lutar”, advertiu o oficial das Nações Unidas.
Nos últimos dias, aviões de combate sauditas têm levado a cabo vários ataques contra o porto de al-Hudayda e as regiões arredores: a madrugada da terça-feira, os caças sauditas atacaram a um barco e armazéns de alimentos e necessidades básicas para o povo iemenita.
A Arábia Saudita lançou uma ofensiva militar contra o Iêmen, com a luz verde dos Estados Unidos e prescindindo da permissão das Nações Unidas, numa tentativa por eliminar ao movimento popular Ansarollah, o único que luta contra os grupos terroristas no Iêmen, e restaurar no poder o ex-presidente fugitivo, Abdu Rabu Mansur Hadi, um forte aliado de Riad.
Em seu relatório da quarta-feira, a ONU informou da morte de pelo menos 1950 civis mortos e 4271 feridos desde o início da agressão sauditas, detalhando que desta cifra, 400 vitimas e mais de 600 feridos eram menores.
Naval Brasil
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