Drone paquistanês “Burraq” dispara um míssil “Barq”
O blog do diário americano Wall Streeet Journal noticiou nesta terça-feira (15.09), que um drone paquistanês do tipo Burraq, atacou e matou, supostamente ontem (14.09), três terroristas refugiados na conflituosa região tribal do Waziristão do Norte, junto à fronteira com o Afeganistão.
A ação foi informada pelo major general Asim Bajwa, porta-voz do Exército do Paquistão, em sua conta do Twitter.
Não se sabe se esse ataque é o mesmo que foi informado ao Ocidente como tendo acontecido no dia 7 de setembro, no âmbito da chamada Operação Zarb-e-Azb, e que teve como resultado the successfully eliminating 3 high value targets (“a bem sucedida eliminação de 3 alvos de alto valor”) – conforme a versão que circulou nos Estados Unidos e na Europa.
O acesso ao Waziristão do Norte é bloqueado pelas forças paquistanesas, e isso impediu jornalistas independentes de identificar as vítimas do ataque noticiado pelo general Bajwa.
O território inspira tantos cuidados que, por vários anos, tanto as autoridades paquistanesas como as do governo de Washington julgavam que aí estivesse escondido o então líder da Al Qaeda, Osama Bin Laden.
“Relâmpago” – Segundo o blog americano, esta foi a primeira vez que uma fonte do Exército do Paquistão admitiu a realização de ataque aéreo por meio de um drone paquistanês armado – mas, muito provavelmente, esta não foi a primeira vez que uma incursão aérea desse tipo aconteceu.
O “Burraq” na decolagem; notar os mísseis sob as asas
A aeronave tipo Burraq (nome do corcel alado que segundo a crença muçulmana transportou Maomé de Meca para Jerusalem) voou pela primeira vez em 2009, e há dois anos entrou em operação regular, transportando um par de mísseis ar-terra Barq (“Relâmpago”), que são armas guiadas até o alvo por um feixe de laser.
De acordo com a Fundação New America – um think tank independente sediado em Washington – a notícia veiculada por Bajwa permite que se inclua o Paquistão no seleto clube das nações que operam drones armados, ainda que se saiba que várias outras nações – como Irã, Colômbia e as duas Coreias – persigam o desenvolvimento de doutrina para o mesmo tipo de recurso militar.
Plano Brasil
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