O porta-voz das forças norte-americanas no Afeganistão, coronel Brian Tribus, reconheceu que o ataque aéreo realizado às 2h15 da madrugada de sábado (3) na cidade afegã de Kunduz poderia "ter causado danos colaterais em uma instalação médica próxima", mas não entrou em detalhes ao acrescentar que o "incidente" estava "sob investigação".
O secretário de Defesa dos EUA, Ash Carter, disse que o país ainda tenta esclarecer como as bombas atingiram a instalação médica.
"Uma investigação completa sobre o trágico incidente está em curso, em parceria com o governo afegão", disse o oficial, em um comunicado.
Segundo a ONU, o ataque pode ser considerado um "crime de guerra", caso tenha sido intencional.
"Esse acontecimento profundamente chocante será investigado de forma imediata, profunda e independente, e os resultados devem ser divulgados ao público", disse o chefe de Direitos Humanos da ONU, Zeid Ra'ad al Hussein, acrescentando que "a gravidade do incidente é agravada pelo fato de que, se for considerado intencional pela Justiça, um ataque a um hospital pode ser considerado um crime de guerra."
Enquanto isso, o MSF negou a informação de que seu hospital tenha sido usado como base para os militantes do Talibã.
Anteriormente, o governador em exercício da província de Kunduz, Hamdullah Danishi, dissera que os talibãs haviam usado o espaço do hospital como esconderijo e que, de lá, eles rotineiramente disparavam armas "pequenas e pesadas".
"Nós rejeitamos os relatos de que quaisquer talibãs estavam dentro do hospital no momento do bombardeio ou que quaisquer tiros tenham sido disparados", disse Kate Stegeman, porta-voz do MSF, citada pela NBC News.
Cerca de 200 pessoas estavam no hospital na hora da tragédia. Pelo menos 22 pessoas morreram, 37 ficaram feridas e dezenas ainda estão desaparecidas.
O MSF suspendeu suas operações em Kunduz neste domingo e pediu uma investigação independente sobre o ataque.
http://br.sputniknews.com/mundo/20151004/2320318/hospital-bombardeado-eua-falam-em-danos-colaterais-onu-fala-em-crime-de-guerra.html#ixzz3ndBHY1Ew
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