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domingo, 15 de novembro de 2015

Crise na Força Aérea Argentina! ‘Clarín’ revela que a suspensão da compra dos Kfirs deveu-se à resistência do nº 3 da corporação, que abandonou seu cargo

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O brigadeiro rebelado; Roca não foi transferido para a reserva, mas apenas colocado “em disponibilidade”
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Jato Kfir pertencente à Força Aérea Colombiana; o Comandante de Operações Aéreas da FAA descobriu que os Kfirs argentinos chegariam sem kit de armamento e sem pods designadores de alvos

O major brigadeiro Mario Roca não é mais o Comandante de Operações Aéreas da Força Aérea Argentina (FAA).

De acordo com uma reportagem do jornalista Daniel Santoro, publicada na edição deste sábado (14.11) do jornal Clarín – um dos mais importantes diários argentinos –, o oficial abandonou seu cargo há mais de um mês depois de ter se recusado a assinar a documentação que ampara a aquisição de 14 caças-bombardeiros israelenses Kfir usados (12 monoplaces e dois biplaces), supostamente modernizados à versão Block 60 (leia a íntegra em http://www.clarin.com/politica/brigadier-cuestiono-frenar-compra-aviones_0_1467453528.html).

Roca teria agido desta maneira ao descobrir que os jatos a serem fornecidos pela IAI (Israel Aerospace Industries) chegariam a seu país desprovidos de algum kit de armamento, e de pods de Inteligência Eletrônica e de designação de alvos. Mais: apenas seis deles viriam com um radar de busca relativamente atualizado.

Antes de deixar em definitivo o Edifício Cóndor – sede da Aviação Militar Argentina –, Roca explicou sua posição a seu superior imediato, o chefe do Estado-Maior da FAA, brigadeiro Mario Callejo – que preferia que Buenos Aires comprasse caças Mirage 2000 de segunda mão, mas se mostra conformado em receber os Kfir.

Ainda de acordo com Santoro, a fim de minimizar a crise – e em respeito à folha de serviços do oficial rebelado – Callejo não transferiu o brigadeiro Roca para a reserva. Limitou-se a coloca-lo “em disponibilidade”.

Mentira na rádio – A transação dos Kfirs custaria (ou custará ainda) 360 milhões de dólares aos cofres argentinos.

Na última terça-feira, em entrevista à Rádio Continental, de Buenos Aires, o ministro da Defesa argentino, Agustín Rossi, escondeu o problema com o brigadeiro Roca. Ele anunciou que não assinaria a compra dos Kfir por achar “mais razoável” que essa aquisição seja feita com o aval do novo presidente argentino, será ser empossado no mês que vem.

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O chefe do Estado-Maior da FAA, brigadeiro Callejo, cumprimenta o ministro da Defesa argentino, Agustín Rossi

A coluna INSIDER apurou que não é a primeira vez que oficiais do setor operativo da FAA se rebelam contra a compra de aeronaves de combate desatualizadas.

Vinte e um anos atrás aconteceu algo parecido, mas não com um, e sim com um grupo de altos chefes da Aviação Militar Argentina.

Liderados pelo respeitado brigadeiro Andrés Arnoldo Antonietti, eles disseram “não” à importação de 54 A-4M Skyhawk II – aeronaves que se encontravam em má situação e que foram, por fim, refugadas.
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A sequência mostra jatos A-4M Skyhawk dos Marines americanos; na foto do meio, o brigadeiro Antonietti é o primeiro da direita
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Em decorrência disso, o governo de Buenos Aires gestionou junto às autoridades americanas a modernização de outros jatos Skyhawks, em um programa que ficaria mais tarde conhecido como A-4AR Fightinghawk.

Segundo a reportagem do Clarín, um documento que circula entre oficiais da Força Aérea Argentina questiona a motorização do Kfir – um propulsor General Electric J-79, de origem americana. De acordo com esse texto “a inspeção de 800/1600 horas [do motor] só se pode realizar em Israel o que põe em dúvida a transferência tecnológica” embutida no fornecimento dos caças.

Outra parte do documento destaca: “O programa [dos Kfir] é de 78 meses mas os primeiros 6 aviões serão entregues ao fim dos primeiros 18 meses sem nada de armamento”. Em outro parágrafo particularmente incisivo, o relatório que circula de forma extraoficial na FAA pergunta “quem apoia esta negociação de última hora e quem o faz com o seu silêncio cúmplice”.

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O avião da discórdia: na Colômbia, jatos Kfir apresentaram problemas no motor GE J-79

Plano Brasil

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