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sexta-feira, 13 de novembro de 2015

ESPECIAL GUERRA ANTI-MINAS: Marinha francesa anuncia para 2021 sistema de combate por AUVs (veículos que o Brasil também pesquisa)

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O ASEMAR num stand da mostra Euronaval, e, abaixo, pronto para ser levado à água, na base naval de Brest
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A Marinha da França prevê colocar em operação, no ano de 2021, o chamado “Sistema de Luta Anti-Minas do Futuro” – Slamf, na sigla em francês (MMCM em inglês).

O Slamf é um programa franco-britânico que se utiliza de diferentes tipos de veículos autônomos subaquáticos – Autonomous Underwater Vehicles (ou AUV) – e de superfície, destinados a identificar e anular a presença de minas submarinas, além de cumprir outras tarefas militares.

O chefe do Estado-Maior da Armada francesa, almirante Bernard Rogel, detalhou o Slamf, esta semana, durante uma sessão do Senado francês.

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Chefe do Estado-Maior da Marinha francesa, almirante Bernard Rongel

Uma das estrelas do Slamf é o AUV de reconhecimento submarino batizado de ASEMAR (acrônimo de Auv de Securité Maritime), que o grupo empresarial Thales, de eletrônica militar, vem desenvolvendo desde 2008 em parceria com a ECA Robotics, sediada na cidade francesa de Toulon.

Aliás, o primeiro teste desse engenho no mar ocorreu ao largo de Toulon, no início de 2010.

No campo do poderio naval, o AUV foi concebido para assegurar segurança à navegação e contribuir com as chamadas contra-medidas de minagem (mine countermeasures).

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O ASEMAR em teste de navegação à superfície
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O ASEMAR transporta como carga paga um sonar de abertura sintética do tipo Thales TSM 2054 SAS (Synthetic Aperature Sonar) acoplado a um sistema automático de reconhecimento de alvos.

Debaixo d’água esse AUV se comunica com a superfície por meio de um modem acústico – que também transmite imagens da varredura feita pelo seu sonar. O deslocamento no meio submarino é garantido pelos préstimos conjuntos de um sistema inercial e de um sonar doppler.

À superfície, a comunicação do ASEMAR com seus operadores é feita por VHF e WIFI, enquanto a navegação é orientada por GPS.

Pirajuba – No Brasil, a Secretaria de Ciência e Tecnologia da Marinha, por meio do Instituto de Pesquisas da Marinha, firmou um termo de cooperação com a companhia francesa Sagem, a fim de acelerar o desenvolvimento do sistema de navegação do Pirajuba, um AUV que começou a ser desenvolvido na metade inicial dos anos de 2000 pelo Laboratório de Veículos não Tripulados da Universidade de São Paulo.

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A sequência mostra duas imagens do Pirajuba se deslocando no meio subaquático da baía de Angra dos Reis (RJ)
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A ideia original era de que o esse veículo funcionasse como uma plataforma de testes para pesquisas nas áreas de dinâmica, controle e navegação de veículos submarinos.

A partir de 2011, pesquisadores civis e militares passaram a considerar que o Pirajuba serviria também para estabelecer uma tecnologia nacional de desenvolvimento de drones marítimos voltados a missões de campo em áreas (1) oceanográficas, (2) de monitoramento ambiental, (3) inspeção de estruturas offshore e (4) de emprego militar.

Com o formato de um torpedo, o Pirajuba tem 1,78 m de comprimento e 23 cm de diâmetro. Ele dispõe de quatro lemes na parte traseira e pode atingir a velocidade máxima de 5 nós (9,26 quilômetros por hora).

O veículo possui energia e capacidade de processamento (computadores de bordo) embarcados, não dependendo da assistência humana durante suas missões – por isso é classificado de “autônomo”.

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Espaço interno – A eventual infiltração de água no interior do casco do Pirajuba não ameaça seu desempenho e está, até mesmo, prevista. O importante é a condição de estanqueidade dos três vasos que ele transporta internamente: de eletrônica, manobrabilidade e propulsão – este último indo já para a sua 4ª versão.

Esses sistemas já foram testados no mar, 70 m abaixo da superfície das ondas, mas o Pirajuba foi projetado para operar em profundidades de até 100 m.

Uma das características que mais chama a atenção dos militares da Marinha, é que os sistemas internos do AUV são bastante compactos, o que deixa espaço à instalação no veículo de um sonar de varredura lateral.

Ano passado, em razão de um interesse menor do setor científico da Marinha, o Pirajuba passou a ser testado pela Base do Instituto Oceanográfico da USP em Ubatuba (SP), com vistas ao uso do projeto em missões puramente oceanográficas.

Uma dessas tarefas seria o levantamento hidrográfico em águas rasas, que facilitaria, por exemplo, a detecção de plânctons (por meio de um sistema óptico de filmagem). O Pirajuba navegou nas cercanias da Ilha Anchieta por mais de 30 minutos, a uma velocidade de 3,4 km/h.

Mas os primeiros testes de mar tiveram início em 2012, na baía de Angra dos Reis (RJ), com o apoio do Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo (CTMSP) e do Colégio Naval. No ano seguinte houve mais provas de navegação em Angra.

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Em 2014 começaram os experimentos de manobra dentro d’água: zigue-zagues, giros e manobras de imersão e de subida à superfície (para adquirir dados de GPS).

Segundo os seus pesquisadores, as missões indicadas para um AUV como o Pirajuba são as que envolvem a coleta de informações em grandes áreas submersas.

Plano Brasil

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