O Complexo Aeronáutico do Paquistão (PAC, na sigla em inglês), não tem planos de substituir o motor russo Klimov/Sarkisov RD-93 dos caças supersônicos sino-paquistaneses JF-17 Thunder da Aviação Militar de seu país, por um propulsor chinês de desempenho equivalente.
A informação circulou esta semana, nos círculos aeronáuticos asiáticos, atribuída a fontes (não especificadas) da Força Aérea do Paquistão.
A indústria aeronáutica russa e o governo do presidente Vladimir Putin ficaram irritados com declarações oficiosas atribuídas a representantes – nunca devidamente identificados – da Corporação Industrial de Aviação da China – Aviation Industry Corporation of China (AVIC, na sigla em inglês)
A entidade representa o segmento aeronáutico da indústria chinesa, estaria por trás de rumores que recomendariam a adoção, pelos paquistaneses, de um equipamento alternativo ao conhecido e bem avaliado motor RD-93.
Uma dessas fontes militares paquistaneses teria dito em off (the records) ao jornalista Reuben F. Johnson, correspondente do Grupo Jane’s em Dubai, o seguinte:
“Quando projetamos o JF-17 nós avaliamos um número de projetos alternativos e concluímos que o RD-93 nessa instalação para motor único é absolutamente certa para esta aplicação”. A fonte continua: “Nós trabalhamos longamente com o pessoal do escritório Klimov em São Petersburgo [Rússia] e o motor mostrou ser a solução ideal”.
JF-17 acelerando o motor antes da decolagem na pista do Aeroporto de Le Bourget, nos arredores de Paris
Kamra – Aliás, executivos e engenheiros do Complexo Aeronáutico do Paquistão já trabalham com a ideia de estabelecer um centro de serviços e de manutenção em grande escala dos motores Klimov na principal instalação industrial do Complexo, situada na cidade paquistanesa de Kamra.
De acordo com a reportagem de Johnson (leia em http://www.janes.com/article/56105/pakistan-to-stick-with-rd-93-engine-for-jf-17-say-paf-officials), para esses especialistas, aventurar-se em uma nova solução para a propulsão do JF-17 não faz sentido, e ainda representaria um significativo aumento de custos para o programa do jato.
Segundo militares da Aviação Paquistanesa, a mostra internacional Dubai Air Show 2015, confirmou o interesse demonstrado por 11 ou 12 países, durante o Salão Internacional de Le Bourget, na França, no JF-17. Entretanto, em Dubai não surgiram novidades sobre a suposta compra da aeronave pela Força Aérea de Mianmar.
Plano Brasil
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