INTERVENÇÃO RUSSA NA SÍRIA DESMONTA GUERRA SUJA DOS EUA. - Noticia Final

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terça-feira, 10 de novembro de 2015

INTERVENÇÃO RUSSA NA SÍRIA DESMONTA GUERRA SUJA DOS EUA.

EUA não conseguiu, apesar de todos seus intentos, desanimar aos russos no que se refere ao estabelecimento de uma forte presença na Síria. No início da intervenção militar russa na Síria, Washington lançou acusações contra Moscow no sentido de que os russos estavam atacando aos assim chamados “rebeldes moderados” somente para reconhecer recentemente, através da secretaria de Estado adjunta Anne Patterson, que um grande número destes últimos se havia unido a Al Qaida.


O ministro de Exteriores russo, Serguei Lavrov, respondeu que seus ataques aéreos eram dirigidos somente contra os grupos terroristas e que estava preparado para dialogar com a oposição moderada e sua organização, o chamado “Exército Sírio Livre”, mas pediu dados reais sobre a localização do grupo, se é que existia na prática, e quem eram seus responsáveis, algo que Washington não pode ou não quiz responder. Os próprios grupos terroristas se encarregaram de responder afirmando que o Estado Islâmico não tinha nenhuma influência real no campo de batalha e que este grupo lhes vendia habitualmente as armas obtidas dos norte-americanos.



Um segundo ataque propagandístico lançado pelod EUA contra a Rússia foram as afirmações infundadas de que os aviões russos estavam atacando “civis”. Tais informações resultaram, no entanto, desvirtuadas por carecer de toda evidência. Neste contexto cabe ver a mentira relativa aos supostos ataques russos a hospitais que não nunca aconteceram. Pior ainda para Washington é p fato de que estas informações tenham saído justo no mesmo momento em que apareceram os dados, desta vez sim confirmados, sobre o recente bombardeio dos EUA contra o Hospital de Kunduz, no Afeganistão, que revelam que o referido ataque não foi nenhum error mas um ato deliberado.

Enquanto isso, os EUA e seus aliados -Arábia Saudita, Qatar e Turquia- continuam enviando grandes quantidades de armas e fornecimentos aos grupos terroristas na Síria e inclusive aumentaram esta ajuda nas passadas semanas após o início das operações russas.
EUA anunciou também o envio de 50 membros de suas forças especiais à Síria para assessorar e, em seu caso combater, ao lado dos grupos que apoia “contra do Estado Islâmico”. Esta intervenção, realizada sem a petição e aprovação da Síria, supõe também outra grosseira violação do Direito Internacional.

Outra terceira manobra da propaganda norte-americana é intentar diminuir os êxitos alcançados pela campanha aérea dos bombardeiros da Rússia e as operações terrestres das forças sírias, mesmo sem conseguir ignorar os impressionantes avanços sírios e de seus aliados em Alepo, onde mais de 50 localidades foram libertadas. Inclusive o general Joseph Dunford saiu desta linha propagandista para reconhecer que “o equilíbrio de poder na Síria está agora do lado de Bashar al Assad”. O periódico Los Angeles Times comentou a este respeito que as declarações de Dunford contradiziam as declarações da Casa Branca dos passados meses que falavam de “perdas significativas para as forças de Assad”.

Na realidade e mais além das declarações retóricas de apoio a um processo político, os objetivos de Washington e seus quatro aliados -Turquia, Arábia Saudita, Qatar e França- não variam. Eles seguem fazendo uma guerra suja contra a Síria e seu povo e estão intentando recentemente averiguar se umas negociações políticas poderiam levar-lhes a conseguir na mesa de negociações o que fracassaram no campo de batalha nos passados quatro anos e meio: instalar um regime submisso na Síria, similar aos que existem na maior parte do mundo árabe, e controlar os recursos do povo sírio.

Moscow, por sua parte, é consciente desta aposta dos EUA -dirigida contra a Síria, mas também contra seus aliados, Rússia e Irã- e decidiu incrementar o número de ataques contra os grupos terroristas – agentes encobertos ou públicos da estratégia norte-americana – para incrementar a destruição de suas infra-estruturas, centros de comando e depósitos de armas e munições e para prestar um apoio tático mais efetivo às operações das forças sírias e de seus aliados.

Uma responsável norte-americana, Victoria Nuland, secretária de Estado adjunta para temas da Europa, afirmou que a aviação russa opera a partir de quatro bases na Síria – a base de Bassel al Assade em Latakia e as de Hama, Sharyat e Tiyas, estas três últimas para a implantação de helicópteros – e abrigar armas anti-aéreas e artilharia de longo alcance junto às instalações nas quais opera.

Rússia e Irã deixaram claro além disso que o tema do governo na Síria é um tema que diz respeito à soberanía desse país, em correspondência com o estabelecido pelo Dereito Internacional, e que somente o povo sírio determinará seu próprio destino, incluindo a eleição de seu presidente. Esta é também a posição do governo da Síria expressada por seu vice-ministro de Exteriores, Faisal Meqdad, que deixou claro aos inimigos da Síria que não devem criar ilusões já que não vai existir um processo de transição política na Síria, senão discussões para um governo ampliado e reformas constitucionais.

O plano iraniano sobre as eleições na Síria tão pouco satisfez aos EUA e seus aliados, porque estes conhecem perfeitamente que Assad as ganharia facilmente. Washington é consciente da impopularidade da chamada “oposição moderada”. Esta última, em especial a chamada “Coalição Nacional Síria”, está composta por agentes e oportunistas carentes de qualquer apoio real na Síria. Os sírios não confiam em nenhum político a serviço dos EUA, que tem sido o principal promotor de um conflito que tem devastado a Síria e costou mais de 250.000 vidas nestes quatro anos e meio. Também conhecem que os EUA e seus aliados são os patrocinadores dos terroristas mais sanguinários na Síria, em uma reminiscência do que ocurreu no passado em outros lugares como no Afeganistão.

Síria, Rússia e Irã têm agora uma ventagem legal, moral, política e militar. Washington e seus aliados continuarão e incrementarão provavelmente sua guerra suja, mas sua derrota é segura e a Síria não somente sairá vitoriosa desta confrontação, como que se há convertido já em um símbolo no que tange à luta pela defesa da soberania e os direitos de cada povo e nação.

Autor: Yusuf Fernandez
Traduzido para publicação em dinamicaglobal.wordpress.com
Fonte: Almanar

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