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quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

Imperdível: A carta reveladora do aiatolá Khamenei aos jovens ocidentais

A carta do aiatolá Khamenei aos jovens ocidentais
Após os recentes atentados na França que causaram a morte de centenas pessoas, em que foram reivindicados por grupo terrorista de Daesh, aiatolá Khameni, o líder da Revolução islâmica do Irã enviou uma segunda carta endereçada aos jovens de países ocidentais.

Na carta ele disse: Qualquer homem ficaria afetado por estas cenas, tanto ocorridas na França, ou na Palestina, Iraque, Líbano ou mesmo na Síria. De fato, um e meio bilhões de muçulmanos, em todo o mundo, têm a mesma sensação, revoltados, repudiando dos perpetradores destas atrocidades. Mas a questão é se os nossos sofrimentos de hoje, não se ajudam a construir um futuro melhor e mais seguro, apenas eles se tornarão como memórias amargas e infrutíferas.

A seguir se lê na integra a carta do líder iraniano:

Em nome de Deus, o Clemente , o Misericordioso

Aos jovens nos países ocidentais.


 Os amargos incidentes por terrorismo cego na França, mais uma vez me levaram de conversar com os jovens. Para mim é muito doloroso, que tais  acontecimentos, fossem pano de fundo para as nossas conversas, mas de fato, se as questões agonizantes não fossem razões  para encontrar uma previa solução e consentimento, então o seu dano e prejuízo seria duplo e ainda maior.

A carta do aiatolá Khamenei aos jovens ocidentais O sofrimento do ser humano em qualquer lugar no mundo, em si , é doloroso para outros. Olhando para uma cena em que uma criança está vendo a morte dos seus pais, ou uma mãe cuja alegria de sua família se torna em luto e tristeza, ou ainda um marido levando apressadamente o corpo sem vida da sua esposa, ou um espectador que não se sabe que em algum momento vai terminar a sua vida, são imagens que se afetam e evocam as emoções e sentimentos humanos. Qualquer homem ficaria afetado por estas cenas, tanto ocorridas na França, ou na Palestina, Iraque, Líbano ou mesmo na Síria. De fato, um e meio bilhões de muçulmanos, em todo o mundo, têm a mesma sensação, revoltados, repudiando dos perpetradores destas atrocidades. Mas a questão é se os nossos sofrimentos de hoje, não se ajudam a construir um futuro melhor e mais seguro, apenas eles se tornarão como memórias amargas e infrutíferas.

Creio que apenas vocês, os jovens, tirando lições destas adversidades e intolerâncias de hoje, serão capaz de encontrar novas medidas para definir o futuro, e obstruindo os caminhos errados e desvios que delinearam o Ocidente para este ponto atual.

É certo que hoje o terrorismo é a nossa dilema comum, mas é necessário saber que existem duas grandes diferenças entre a ansiedade e a insegurança que vocês têm experimentado, com o sofrimento que os povos do Iraque, Iêmen, Síria e Afeganistão têm tolerado durante anos.

A primeira, é que o mundo do Islã, muito densamente e em maior escala, por muito tempo tem sido vítima de terror e violência, e em segundo lugar, infelizmente, essas violências tinham sempre sido apoiados por algumas das grandes potências de formas diferentes e variadas praticas.
Hoje, quase todas as pessoas sabem do papel dos Estados Unidos na criação ou reforço de grupos terroristas como Al-Qaeda, Talibãs e as suas terríveis consequencias.

Além de estes apoios diretos, os Estados partidários de terroristas, explicita ou implicitamente, apesar de ter um sistema político reacionário, sempre foram aliados do Ocidente, isto é, enquanto a maioria de pensamento dinâmico e democrático na região está sendo reprimido brutalmente.
O duplo critério do Ocidente de lidar com o movimento de despertar islâmico é um exemplo claro da contradição nas políticas ocidentais.

A outra face desta contradição é o apoio ao terrorismo de estado do regime Israel. O povo injustiçado palestino está experimentado há mais de 60 anos, os piores formas  de terrorismo. Se os povos da Europa, agora por estes acontecimentos, alguns dias têm que se abrigar em suas casas, tendo abstinência em comparecimento em lugares públicos e em centros mais populosos, uma família Palestina há dezenas de anos tem a sua casa insegura, agredida e invadida por aparato de matança do regime sionista.

Hoje, que tipo de violência pode ser comparado em termos da gravidade das atrocidades com a construção dos assentamentos do regime sionista? Este regime usurpador, nunca tem sido criticado serio e eficazmente por seus aliados influentes, ou pelo menos censurado por entidades internacionais alegadamente, independentes, pela destruição diária de casas e os jardins e campos agrícolas palestinos, sem que os palestinos tivessem oportunidade para recolher os seus colheitas agrícolas ou salvar os seus moveis e evacuar as casas, agredidos frequentemente, perante os olhos assustados e lágrimas de mulheres e crianças que testemunham o ataque contra de membros da família, em alguns caso, levados para os centros tenebrosos de torturas.

Será que podemos apontar outras atrocidades deste tamanho e com esta dimensão? Disparar contra mulheres no meio da rua, penas por protesto contra os soldados armados até os dentes, se não chamar terrorismo, então o que é? Será que não são extremismo, estas barbaridades cometidas por militares de um Estado de ocupação? Ou talvez porque essas imagens e cenas de crime, repetitivos ao longo de 60 anos como tivesse sido visto com frequência na televisão, já se tornaram em rotinas e não afetariam a nossa consciência!

As recentes invasões ao mundo islâmico que têm deixado inúmeras vítimas são outros exemplos desta lógica contraditória do Ocidente. Os países invadidos, não somente têm sofrido das perdas humanas, como as suas infraestruturas econômicas e industriais, também foram destruídos, obstinados do crescimento e deteriorando os seus desenvolvimentos e em alguns casos, dezenas de anos atrasados, mesmo assim, simplesmente pediram-nos para  não se considerar injustiçados. Como é que pode transformar-se um país em ruínas e destruir as cidades e vilarejos e em seguida dizer as pessoas , por favor, não se consideram oprimidos!

Em vez de convidar à nação ao esquecimento dos flagelos e desastres e à incompreensão, não seria melhor sinceramente pedir desculpas? O sofrimento que o mundo do Islã tem recebido da hipocrisia dos invasores não é menos do que um prejuízo material.

Queridos jovens!  Estou na esperança de que vocês vão alterar esta mentalidade contaminada pela conspiração, uma mentalidade que a sua arte seria como disfarçar e adornar os seus objetivos engenhosos e traiçoeiros de longo alcance.

Em minha opinião, o primeiro passo para o estabelecimento da paz e segurança, é a correção deste pensamento gerador de violência. Enquanto, esta duplicidade domina as políticas do Ocidente e quando exista uma visão de terrorismo dividindo-o em bom e mal entre os seus patrocinadores e quando ainda os interesses dos governos sobrepõem aos valores humanos e morais, não se devem procurar as raízes da violência em outros lugares.

Infelizmente, estas raízes, ao longo dos anos têm gradualmente penetrados nas profundezas das políticas culturais do Ocidente, criando umas intrusões silenciosas e suaves.

Muitos países se orgulham pela sua cultura nacional e domestica que são ao mesmo tempo dinâmicas e crescidas e com a procriação cultural, em que centenas de anos tinham sido alimentadas às sociedades humanas. O mundo do Islã também não é de exceção.

Mas na época contemporânea, o mundo ocidental utiliza as ferramentas avançadas, insistindo na globalização e homogeneidade cultural no mundo.

Eu considero a imposição de cultura ocidental sobre outras nações e minimizando culturas independente, como uma intriga silenciosa deletéria. Humilhação das culturas ricas é uma ofensa, sabendo que uma cultura alternativa em nenhuma maneira tem a capacidade da sucessão e ser substituído. Por exemplo, dois elementos de vulgaridade e agressão em que infelizmente, tornaram-se como principais componentes da cultura ocidental, perderam as suas aceitações e posições mesmo no seu lugar da nascença.

Agora a pergunta é se não queremos uma cultura agressiva, vulgar e sem profundidade, isto seria um crime? Ou seriam culpados se impedimos a devastadora inundação de produtos aparentemente artísticos sobre a nossa juventude? Eu não nego a importância e o valor dos laços culturais. Essas relações, enquanto forem ocorridos em condições naturais e de respeito à comunidade, trarão o crescimento e enriquecimento e o dinamismo, em contrapartida, heterogeneidade e as imposições fracassadas podem trazer prejuízos. Infelizmente tenho que dizer que os grupos nocivos como Daesh são resultados de tal conexão falhados com culturas importadas.

Se o problema fosse realmente ideológico, deveria anotar e observar estes fenômenos bem na época pre-colonialíssimo no mundo islâmico, enquanto a história tem afirmado contrário. As documentações históricas indiscutíveis mostram claramente como a confluência do colonialismo com um pensamento extremista e decadente, dentro de uma tribo primitiva tinha sido semeado a intolerância e extremismo na região. Como pode sair de uma das escolas religiosas mais éticas e mais humanas do mundo, que na sua convicção matar um ser humano é considerar como matar toda a humanidade, um desprezado como Daesh?

Por outro lado, deve-se perguntar, por que aqueles que nasceram na Europa e foram formados e educados no mesmo ambiente intelectual e emocional, tinham sido atraídos por estes grupos terroristas? Como pode acreditar que as pessoas com uma ou duas viagens as zonas de conflito, de repente se tornaram tão extremistas que seriam capazes de massacrar os seus compatriotas? Definitivamente não devemos esquecer o efeito de um longo tempo da alimentação cultural não saudável  num ambiente contaminado e gerador de violência.

Neste contexto, deve ter um analise abrangente e analítico para decifrar e determinar as infeções ocultas e visíveis.

Talvez o profundo ódio, resultado de disparidade e desigualdade da época de prosperidade económica e industrial, e possivelmente, descriminações legais e estruturais entre sociedades ocidentais, tenham crido e plantado complexos em que às vezes comparecem abertos em formas mórbidos.

Em qualquer caso, vocês devem conhecer as camadas das suas comunidades, encontrando as nós e localizando os rancores para trata-los.

Deve-se restaurar as fissuras e lacunas. O grande erro na luta contra o terrorismo é uma reação precipitada que aumenta os colapsos existentes. Qualquer movimento emocional e precipitado, que visa isolar ou marginalizar a comunidade muçulmana, que reside na Europa e nos EUA, a qual consiste em milhões de homens ativos e responsáveis, ou intimidá-la ou mesmo privar esta comunidade mais do que passado, do seu direito, não vai ajudar solucionar o problema, mas vai aprofundá-lo, aumentando as inimizades.

As medidas superficiais e reacionárias, especialmente quando tenham uma aceitabilidade legal, conduzem para intensificar as polaridades existentes, abrindo o caminho para futuros conflitos.

De acordo com as notícias, em alguns dos países da Europa foram estabelecidos regulamentos que obrigam cidadãos a vigiar os muçulmanos. Este é um comportamento ultrajante e sabendo que a crueldade e opressão, voluntariamente ou involuntariamente tem um caráter reversível e flexível. Além disso, os muçulmanos não merecem esta ingratidão. O mundo ocidental, há séculos que conhece os muçulmanos. No passado quando os ocidentais entraram no território do Islã, cobiçados e interessados pelas riquezas destes países, aproveitando do pensamento e obras dos muçulmanos, mesmo assim frequentemente tinham sido bem recebidos e com paciência e bondade.

Então, peço aos jovens ocidentais, com base num conhecimento correto com uma profundeza, tirando lição desta terrível experiência, construindo bases para uma interação decente e correta com o mundo do Islã. Neste caso, num futuro não longínquo, vocês verão que, tal construção sobre uma base sólida vai trazer a sombra da confiança e segurança aos seus arquitetos, oferecendo o calor de segurança e paz, proporcionando esperança e um futuro brilhante ao mundo.

portuguese.irib.ir

Naval Brasil

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