Teerã, 6 dez (Prensa Latina) Um assessor do líder supremo de Irã, ayatolah Alí Khamenei, reiterou hoje que o presidente sírio, Bashar Al-Assad, é uma linha vermelha para este país, e descartou pactuar com Estados Unidos a sorte do mandatário.
O veterano diplomático Alí Akbar Velayati, que aconselha a Khamenei em assuntos internacionais, criticou a Washington e outras potências ocidentais por fazer questão de querer decidir quando e como deve abandonar o poder o chefe de Estado sírio.
"O governo de Bashar é legal e o povo votou por ele e o elegeu faz menos de dois anos, por isso é uma linha vermelha da República Islâmica de Irã", pontuou o ex-chanceler persa em uma entrevista concedida à televisão estatal.
Destacou que a república islâmica tem um papel influente na Síria e se não tivesse ajudado o governo de Damasco, este teria sido derrocado. "Irã manteve-se a seu lado com firmeza e agora outros países têm vindo a ajudar" Al-Assad, comentou em alusão a Rússia.
Corresponde aos sírios decidir sobre seu destino e fora de suas fronteiras ninguém tem o direito a marcar obrigações a esta nação", indicou em clara referência aos condicionamentos da Casa Branca e seus aliados de Europa e o Golfo para que uma solução à crise implique a saída de Al-Assad.
Ao ser perguntado por outros assuntos regionais, Velayati assinalou que Teerã "está obrigado a eliminar ou, pelo menos, reduzir as tensões criadas entre Rússia e Turquia" depois da queda por Ancara de um avião de Moscou na Síria, porque -disse- "não é justo que (esses atritos) se acumulem".
O assessor de Khamenei visitou faz uma semana Damasco e reuniu-se ali com o mandatário sírio e outras autoridades às que reiterou o respaldo de Teerã em frente à que descreveu como conspiração desde o exterior para eliminar um elemento finque do chamado eixo da resistência.
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Prensa Latina
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