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terça-feira, 29 de dezembro de 2015

Jornalista sírio crítico ao Estado Islâmico e a Assad é assassinado a tiros na Turquia

Naji al-Jerf fazia parte do coletivo RBSS (Raqqa Está Sendo Massacrada em Silêncio) e é o quarto jornalista do grupo assassinado na Turquia

O jornalista sírio Naji al-Jerf foi morto a tiros neste domingo (27/12) em Gaziantep, cidade turca próxima à fronteira com a Síria. Ele era um ativista contra o EI (Estado Islâmico) e fazia parte do coletivo RBSS (Raqqa Está Sendo Massacrada em Silêncio, na sigla em inglês), que denuncia desde 2014 os abusos dos extremistas islâmicos na cidade síria de Raqqa, proclamada como capital do EI.

Naji al-Jerf é o quarto jornalista do RBSS assassinado na Turquia

“Éramos três a acompanhá-lo para um encontro no centro. Andávamos a seu lado quando um carro encostou e dois sujeitos desceram. Um tinha o rosto coberto por um tipo de lenço, o outro não. Durou um segundo, e eles voltaram para o carro”, contou ao jornal francês Libération uma testemunha, que preferiu não se identificar.

O assassinato ocorreu por volta das 15h20 no horário local. Segundo testemunhas, a arma utilizada no crime possuía um dispositivo silenciador.

Naji al-Jerf é o quarto jornalista do coletivo a ser assassinado na Turquia. No mês passado, o EI reivindicou o assassinato de dois jornalistas na cidade turca de Sanliurfa, também próxima à Síria. O trabalho documental do RBSS foi laureado no último mês de novembro com o Prêmio Internacional de Liberdade de Imprensa 2015 pela ONG norte-americana Comittee to Protect Journalists, segundo a qual o coletivo é “uma das últimas fontes de informação confiável e independente” na região. 

Recentemente, al-Jerf havia lançado um documentário sobre a ação do EI na cidade síria de Aleppo. Ele era também diretor da revista Hentah, que aborda a situação política na Síria e adota um tom crítico ao governo do presidente sírio, Bashar al-Assad.
De acordo com um amigo de al-Jerf, o jornalista iria viajar para a França nesta semana, país onde havia conseguido um visto de asilo para si e para sua família. O amigo, que falou com a agência de notícias francesa AFP, preferiu permanecer em anonimato.

“Naji representava em si mesmo a revolução pacífica. É uma notícia excelente para os monstros [o Estado Islaâmico e o governo sírio]”, disse ao Libération uma fonte, que não quis se identificar, próxima ao jornalista.

Nos últimos meses, o governo turco tem sido alvo de críticas por não combater o EI e permitir a entrada de extremistas através da fronteira com a Síria. Aé agora, nenhum grupo efetivamente reivindicou autoria do assassinato.

Our movie director Naji Jerf "father of 2 kids" was assassinated by suppressor gun today in Gaziantep "" pic.twitter.com/F3TFZyAwk9

Opera Mundi

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