Dando continuidade às violações cometidas pelos chamados ‘aviões da coalizão internacional’, liderados pelos Estados Unidos da América, contra a soberania da Síria, sob o pretexto de estarem perseguindo a organização terrorista ISIS, os aviões da supracitada coalizão bombardearam, no dia 10/10/2015, a área de Radwanieh, localizada a leste de Aleppo, tendo como alvo duas centrais elétricas. Este bombardeio às centrais elétricas causou prejuízos materiais estimados em 2,2 bilhões de Euros, além de deixar toda a região sem energia elétrica.
Estes bombardeios dos aviões da coalizão contra a cidade de Aleppo e contra a infraestrutura de diferentes áreas da Síria representam uma agressão pecaminosa, que pode ser inserida na série de ataques aéreos perpetrados contra a infraestrutura econômica, industrial e de serviços da Síria, que tem por objetivo a destruição intencional das capacidades do povo sírio e a obstrução de seu desenvolvimento e de sua reconstrução. A continuidade desta série de agressões, que atingiram as instalações econômicas vitais da Síria, tem causado enormes prejuízos econômicos e materiais.
Citamos alguns deles:
- Os aviões da coalizão bombardearam o centro administrativo dos campos de petróleo de Jabsa, na província de Hasaka, em 12/09/2015.
- Os aviões da coalizão alvejaram o poço No. 202 de Tabieh, na Província de Deir El Zour, em 25/09/2015, causando um incêndio e grandes danos nas instalações situadas na superfície.
- Os aviões da coalizão bombardearam o poço No. 301 de Tabieh, na Província de Deir El Zour, em 25/09/2015, causando a desativação do poço.
- Os aviões da coalizão bombardearam, pela segunda vez, os poços supracitados (202 e 301), na província de Deir El Zour, em 05/10/2015, causando o deslocamento da parte superior dos poços de suas áreas, o esmagamento das válvulas de vácuo anular, a destruição de todas as tubulações e válvulas existentes na parte superior dos dois poços.
- A coalizão bombardeou o poço de Sijan, pertencente à companhia Eufrates, na noite de 13/10/2015, causando um incêndio no poço.
- Os aviões da coalizão bombardearam as áreas da companhia Eufrates, no campo de Alamr, na manhã do dia 31/10/2015, atingindo a estação de coleta de petróleo, o reservatório No. 319, que tem capacidade para armazenar 75 mil barris de petróleo, o que resultou no incêndio e na perda total do reservatório. Este bombardeio atingiu, ainda, os compressores de ar e as estações de retransmissão, destruindo-as completamente. Os estilhaços do bombardeio atingiram a central de geração de energia elétrica, paralisando suas funções e, consequentemente, paralisando o fornecimento de energia elétrica para a fábrica de gás de Deir el Zour.
- Os aviões da coalizão bombardearam a fábrica de telhas na província de Raqqa, destruindo completamente o prédio e os equipamentos.
Neste contexto, chamamos a atenção para o fato de que os repetidos e recentes bombardeios da chamada ‘coalizão internacional’ contra os poços de petróleo da República Árabe da Síria e contra as instalações de petróleo e gás, especialmente na província de Deir El Zour, não têm por objetivo combater o roubo de petróleo e gás por parte das quadrilhas e grupos terroristas armados. Caso contrário, estes aviões teriam como alvo as caravanas de quadrilhas terroristas de pilhagens e saques, que transportam o gás e o petróleo roubados da Síria, antes que estas cheguem à fronteira com a Turquia e antes que entrem nos territórios turcos onde vendem a mercadoria por preços baixíssimos. Logicamente, podemos concluir que o objetivo principal destas repetidas operações de bombardeio é causar prejuízos enormes e diretos contra a infraestrutura dos setores da economia síria, principalmente o setor de petróleo e gás, além de destruir a infraestrutura de modo a obstruir os processos de recuperação precoce e de reconstrução na Síria.
Os bombardeios dos aviões da chamada ‘coalizão internacional’ contra as instalações de petróleo e gás estão causando, ainda, a poluição do meio ambiente, podendo causar, futuramente, catástrofes ambientais ainda maiores e de ampla magnitude em decorrência dos incêndios nos poços de petróleo e de gás, que são difíceis de controlar a luz da situação atual. A falta de equipamentos, meios e recursos especiais para apagar o fogo, são consequência das medidas coercitivas unilaterais, impostas à República Árabe da Síria por parte de alguns países, que proíbem a exportação de equipamentos, meios e materiais para a Síria e impedem a abertura de linhas de créditos.
A República Árabe da Síria, ao reafirmar a sua posição declarada frente à ilegitimidade dos ataques aéreos perpetrados pelos Estados Unidos da América e seus aliados contra os territórios sírios, sem prévia autorização e coordenação com o Governo sírio e longe do respeito à legitimidade internacional e à Carta das Nações Unidas, exige o fim destas ações americano-ocidentais que tem como alvo a infraestrutura da Síria. A Síria afirma que estas ações não alcançaram nenhum resultado na guerra contra a organização ISIS.
Fonte: Embaixada da República Árabe da Síria
Data: 10/12/2015
Tradução: Jihan Arar
Oriente Mídia
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