Nas últimas semanas, assistiu-se a um impulso nos esforços internacionais para encontrar uma solução política para a crise atual na Síria, depois de ter ficado claro, para todos, o perigo iminente que o terrorismo representa para a paz e para a estabilidade regional e internacional. Neste contexto, tivemos as reuniões de Viena I e II e as consequentes ideias e consensos, que delas emergiram, sobre os princípios e fundamentos para a solução da crise na Síria. Eis que a “conferência da oposição”, realizada em Riad, que veio para traduzir a abordagem saudita contínua em conspirar contra o nosso país, abortou tudo o que foi acordado, em Viena, pelas seguintes razões:
• A reunião de Riad excedeu o papel de mediador internacional em definir os nomes da delegação de oposição, de acordo com Viena II, e negligenciou as listas de nomes apresentadas pela Federação da Rússia, além de fazer vista grossa a uma ampla gama de oposicionistas, tanto da oposição interna quanto externa.
• A reunião de Riad antecipou o resultado das reuniões de Amã para identificar as organizações terroristas e, portanto, tentou, ao convocar os grupos terroristas, impor um fato consumado a qualquer futuro diálogo político.
• A Síria não poderá dialogar com qualquer facção que tenha erguido as armas contra o Estado. O diálogo com elas pode ocorrer por intermédio das Nações Unidas ou dos comitês de conciliações, para pôr um fim aos confrontos e alcançar as conciliações locais, com base na entrega das armas e na solução de sua situação, para que o Estado volte a ter o poder sobre as áreas antes controladas por eles.
• A maioria dos que foram convidados para ir a Riad representam uma vertente islâmica extremista, que reflete as posições da Arábia Saudita, do Qatar e da Turquia (tais como a Irmandade Muçulmana e a Al-Qaeda), enquanto que alguns outros não representam, senão, a si mesmos, o que significa que não possuem nenhuma base de apoio popular dentro da Síria.
• A declaração de Riad falou sobre pontos que não foram listados na Declaração de Viena II, como o comitê do governo de transição e as medidas para construir a confiança, sem fazer referência aos sequestrados, assim como tentou impor outras condições ao Estado sírio, que atingem a dignidade da presidência.
• A reunião de Riad é um posicionamento que transforma a Arábia Saudita num centro de solução para a Síria, ao modo Arábia Saudita – Qatar – Turquia (Os países conhecidos por conspirar contra a Síria), e isso significa, no entendimento deles, o fim do papel russo – americano e do papel das Nações Unidas, substituindo-os por um referencial puramente saudita.
Baseado no exposto, a Síria rejeita completamente os resultados da reunião de Riad e conclama os países a participar da reunião de Viena, levando em conta a sua posição.
Fonte: Embaixada da República Árabe da Síria
Data: 14/12/2015
Tradução: Jihan Arar
Oriente Mídia
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