Um possível incidente relacionado a um novo avião russo derrubado ou de um avião turco abatido pelo novo sistema antiaéreo russo S-400, implantado na Síria, ou qualquer outro fato similar poderia gerar uma escalada que levaria a uma “guerra quente”.
Nesse caso como seria tal guerra? Alguns especialistas militares russos manifestaram al sitio Politonline.ru sus opiniões sobre este possível conflito, que foram reproduzidas mais tarde pelo sitio RT. Assim, por exemplo, Mikhail Alexandrov, um especialista do Centro de Estudos Políticos e Militares, acredita que, caso se inicie tal guerra, que ele apenas considera possível com base nas atuais políticas agressivas do regime de Erdogan e seu apoio ao terrorismo, Rússia se veria obrigada a utilizar armas nucleares imediatamente porque “existiria um perigo existencial real para a nação”.
“Turquia, e seus aliados ocidentais intentariam arrastar-nos a uma guerra de desgaste, com uma lenta escalada. Ela teria como cenário não apenas a Síria senão também o Cáucaso russo, que seria o provável alvo de uma agressão turca. Na minha opinião, se a Turquia nos impõe uma guerra, nossa resposta deve ser muito forte e rápida. Devemos dirigir ataques nucleares de forma imediata contra as infra-estruturas militares básicas, como instalações militares, centros de comando e comunicações, depósitos de munições, aeroportos e portos. Também pode ser necessário utilizar alguns mísseis balísticos para destruir a defesa anti-aérea turca”.
Após a destruição das infra-estruturas, os militares russos poderian dirigir-se imediatamente a ocupar os Estreitos. Alexandrov crê que os países ocidentais não teriam tempo de ajudar eficazmente a Turquia e os estados europeus nem teriam vontade de fazer isso por medo de serem alvo de represálias nucleares. No que se refere aos norte-americanos, eles poderiam iniciar uma guerra nuclear contra a Rússia para ajudar a Turquia ou não fazer nada. Eles provavelmente escolheriam sobreviver ao invés de lançar-se a um suicídio certo. Os curdos, então, ocupariam suas regiões na Turquia e criariam seu estado.
Não se trata em absoluto de um plano de agressão, precisou Alexandrov, senão uma resposta ao que Moscow faria se a Turquia iniciar uma agressão contra a Rússia ou sua aliada Síria.
Outro especialista, Serguei Biermakov, disse a Politonline.ru que um cenário não nuclear poderia ser também possível e que as armas nucleares deveriam ser apenas o último recurso. Ele acredita que “um conflito pode ser evitado. Existem também instrumentos não militares para defender o país e além disso existem muitos estados na região que estão contra as políticas turcas”. Deste modo, ele considera que “a possibilidade de que Turquia inicie uma guerra de agressão contra a Rússia não é apenas zero mas de muitos números negativos”.
“Turquia tem um forte exército, mas não é rivaliza com o da Rússia. Temos uma frota capaz de conduzir duros golpes a longa distância, e não apenas desde o Mar Negro. No tema da guerra moderna podemos combinar vários tipos de sistemas de armas e usar avançados sistemas de comando e controle. Sendo assim a Rússia é muito superior à Turquia. Inclusive possui seu próprio sistema de navegação via satélite (GLONASS)”.
O especialista acrescenta que a Rússia possui aviões avançados e não apenas em seu território, mas também na Síria, país vizinho da Turquia e a partir dela a distância até as instalações militares turcas é bem curta. Deste modo, a Turquia teria que fazer frente a uma ameaça militar direta desde várias frentes ao mesmo tempo.
O especialista também acredita que mesmo sendo a Turquia um estado membro da OTAN, os países europeus seriam reticentes a ajudar o governo turco, ao que muitos deles criticam duramente em voz baixa por suas políticas extremistas e favoráveis ao terrorismo, sem contar que sua entrada no conflito implicaria sua própria destruição. Além do que, todas as decisões têm de ser tomadas por consenso e é bem difícil imaginar que todos os estados concordem em entrar na guerra contra Moscow.
O fato de ser a Turquia a agressora pesaria também no ânimo dos europeus que não querem ver-se arrastados para uma guerra nuclear por decisões irresponsáveis do atual executivo turco. 1
O potencial militar da Rússia e da Turquia.
Muitos analistas rejeitam a possibilidade de um conflito armado entre os dois países, mas alguns meios de comunicação e redes sociais não param de chamar a atenção para o agravamento das relações entre a Turquia e a Rússia, perguntando sobre o potencial militar de ambos. Neste infográfico você pode ver a capacidade de combate da Rússia e da Turquia.
Comparando o potencial militar da Rússia e da Turquia, com base no Índice Global de Poder Militar (GFI, por sua sigla em inglês) e atualizado neste mês de novembro, indicaque a Rússia está em segundo lugar no “ranking” atrás dos EUA, enquanto a Turquia está na décima posição.
De acordo com as informações fornecidas pela GFI em caso de conflito armado a Federação Russa poderia mobilizar 69 milhões de pessoas, enquanto a Turquia poderia contar com 41,6 milhões de soldados. O número de soldados do exército russo (766.000) é quase o dobro da Turquia (410.500). Além disso, a diferença entre o número de soldados da reserva em ambos os países é drástica: 2.5 milhões na Rússia contra 185.630 na Turquia.
Além disso, o número de unidades da Força Aérea e da Marinha da Rússia supera o da Turquia três vezes.
Veja também: – Dinamica Global disponibiliza as forças militares terrestres, aéreas e marítimas das dez maiores potências militares em 2015 em 3D para visualizar no mapa GE. Arquivo: Poder Militar Global 2015.kmz Antes de baixar o arquivo siga as instruções aqui.
Quanto ao fator de produção e consumo de recursos de ambos os países, a Rússia produz mais petróleo do que consome, enquanto a Turquia tem que comprar petróleo estrangeiro para satisfazer as suas necessidades diárias de energia.
Para contrastar as capacidades militares de ambos os países, é necessário apreciar um dos principais indicadores: o orçamento militar, que Moscou investe 60,4 milhões de dólares, em comparação com 18,15 milhões de dólares na Turquia. Ao mesmo tempo, as reservas de ouro russas alcançam 515,600 milhões, enquanto as da Turquia são quase três vezes mais menores (117.600 milhões).
Deve-se notar que a avaliação das forças armadas é derivada a partir de uma análise complexa que envolve muitos fatores diferentes que afetam direta ou indiretamente o potencial militar do país. Além disso, a taxa de GFI ignora o potencial nuclear dos países e peculiaridades da liderança política e militar dos Estados. 2
Traduzido para publicação em dinamicaglobal.wordpress.com
Acho que a primeira análise é a mais certa. Mas os alvos de grande valor militar da turquia serão obliterados com armas convencionais de forma muito rápida e devastadora. Os turcos não são páreos para a Rússia em nada. A OTAN militarmente é um inimigo INSIGNIFICANTE para a Rússia. Só gritarão alto em favor da turquia se os EUA tentarem defender os irresponsáveis dos turcos; fora isso colocarão o rabinho no meio das pernas e ficarão caladinhos pois se ousarem enfrentar os Russos militarmente, sozinhos...em um mês veremos soldados Russos cantando o hino da Rússia (muito bonito diga-se de passagem), em londres, paris, berlim, roma e etc e etc....a europa será destruída; isso é lógica...agora se os eua resolverem ajudar essa turma e entrar na briga ai a coisa muda de figura....a Rússia terá de usar armas nucleares logo nos primeiros lances dessa guerra que será mundial...acho que aí poderá envolver muita gente que está louca para acertar contas....China....Índia, Paquistão e por ai vai. Aí estaremos falando de uma conflagração à nível mundial e fatalmente uso de armas nucleares. Nesse desastre e loucura total tenho certeza que toda a vida na terra pode se preparar para ir para o paraíso.
ResponderExcluir