Mirage 2000-9 da Aviação Militar dos Emirados Árabes Unidos
Por Roberto Lopes
O governo dos Emirados Árabes Unidos está só aguardando uma confirmação da Administração François Hollande, de que poderá receber 60 sofisticados caças-bombardeiros Rafale, para começar a transferir os seus caças Mirage 2000-9 para a Força Aérea do Iraque.
De acordo com Wathaq al-Hashimi, diretor do Grupo Iraquiano para Estudos Estratégicos, “o governo iraquiano quer as aeronaves [Mirage 2000] para sediá-las na Base Aérea Al Balad [perto de Bagdá] e usá-las em operações do Curdistão até Al Faw, no sul do país”.
Analistas ocidentais independentes confirmam: apesar de a Aviação Militar do Iraque estar empenhada em bombardeios às posições do Estado Islâmico em seu território, os caças Mirages dos Emirados serão empregados em missões no eixo que se estende de Erbil – capital do Curdistão Iraquiano – até Bagdá.
A sequência mostra a localização da Base Aérea de Al-Balad, na região de Bagdá, e jatos americanos taxiando na pista dessa base
Nos últimos cinco anos essa versão da famosa família Mirage tem sido o sonho de consumo de parte dos brigadeiros argentinos, que já consultaram (por mais de uma vez) o Exército do Ar francês sobre a disponibilidade desses aviões. A resposta foi decepcionante: os Mirages 2000 (V e 9) franceses permanecerão em serviço até o início da década de 2020.
Os Emirados Árabes Unidos possuem 36 Mirages 2000 recebidos a partir de 1986, 30 dos quais foram modernizados para a versão 2000-9. O governo de Abu Dhabi também opera uma frota de 32 Mirages 2000-9 fornecidos diretamente pela fábrica Dassault a partir de 2003.
Mirages 2000 da Força Aérea dos Emirados Árabes Unidos
Fabius – A negociação com os iraquianos vem se arrastando desde 2011, mas aguarda o nihil obstat – “nada obsta” – de Paris à venda dos Rafales para os Emirados.
Aparentemente, a demora dos dirigentes franceses em autorizar essa exportação tem a ver com a participação de forças militares dos Emirados nas tropas da Coalizão que invadiram o Iêmen, ano passado, sob a liderança da Arábia Saudita.
Entretanto, esta semana, ao retornar de uma viagem a Abu Dhabi, no Golfo Pérsico, o ministro do Exterior francês, Laurent Fabius, sinalizou que o impasse pode estar perto do fim:
“Existem conversações permanentes [sobre o fornecimento de Rafales], e estamos otimistas, Jean-Yves Le Drian [ministro da Defesa francês] e eu… as coisas me parecem positivas”, declarou Fabius aos jornalistas que o aguardavam na capital francesa.
“Acordos só se tornam uma realidade depois de terem sido assinados. Entretanto, tocamos neste assunto com o Príncipe da Coroa Sheik Mohammed bin Zayed al Nahyan [herdeiro da Coroa em Abu Dhabi e atual vice-comandante supremo das Forças Armadas dos Emirados] quando nos encontramos com ele segunda-feira em Abu Dhabi”, admitiu Fabius.
Caça francês Rafale na decolagem
“Máquina intuitiva” – A operação comercial que vem sendo desenhada desde setembro de 2015 por autoridades dos Emirados com o ministro das Relações Exteriores iraquiano, Ibrahim-al-Jaafari, prevê uma remessa inicial de 10 aeronaves Mirage 2000-9 – oferta que, aliás, partiu dos Emirados, em janeiro de 2015, durante uma visita do Primeiro-Ministro iraquiano, Haider al-Abadi a Abu Dhabi.
Craques no marketing, os franceses gostam de dizer que a tecnologia incorporada aos Mirage 2000-9 dos Emirados incluiu (o que eles chamam de) “tecnologia Rafale” – ou seja, aviônica modular (adaptável a diferentes funções) e glass cockpit (à base de telas de LCD) compatível com o uso de visores para operações noturnas.
Jato Mirage 2000-9 da Aviação Militar dos Emirados
O coração do funcionamento da aeronave seria uma unidade processadora de dados Thales/Dassault desenvolvida de forma igualmente modular, que serve como computador de missão, equipamento gerenciador dos sistemas de navegação e ataque, controle dos displays da cabine e geradora de caracteres para o head-up display e para o head-down display. Avanços da tal “tecnologia Rafale” que teriam deixado o Mirage 2000-9 dos Emirados uma “máquina intuitiva” capaz de alta interação com o piloto.
Down payment – O pagamento desse lote de jatos Mirage será depositado pelos iraquianos diretamente na conta bancária da indústria francesa Dassault, com o objetivo de abater o valor do down payment exigido pelos franceses a Abu Dhabi para a venda dos 60 Rafales: cerca de 1,5 bilhão de dólares.
Informações referentes a valores são sempre sigilosas, mas cada Rafale estaria custando aos Emirados – com suprimentos, armamento e treinamento de pilotos – aproximadamente 250 milhões de dólares. E a operação total, 15 bilhões de dólares…
"target="_blank">Plano Brasil
domingo, 24 de janeiro de 2016
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Os Mirages 2000-9 (usados) que a Argentina tanto queria… estão indo para o Iraque!
Os Mirages 2000-9 (usados) que a Argentina tanto queria… estão indo para o Iraque!
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