Na crescente tensão entre Moscou e Ancara, o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, mostrou-se preocupado com a suposta presença de engenheiros russos perto da fronteira com a Síria.
O governo turco se mostra alarmado com a campanha aérea russa na Síria desde setembro do ano passado. Ao longo da fronteira com a Síria, a Turquia cavou trincheiras e aumentou a presença de forças de segurança, apesar de Moscou seguidamente afirmar que seu objetivo é combater terroristas na Síria.
Na sexta-feira, o Presidente Erdogan expressou novos níveis de pânico, soando o alarme devido à suposta presença de inspetores russos em um aeroporto próximo à fronteira entre Síria e Turquia.
“Afirmamos isto desde o início: não vamos tolerar tais formações (no norte da Síria) na área que vai da fronteira com o Iraque até o Mediterrâneo”, disse Erdogan a jornalistas. “Mantemos nossa sensibilidade com essa questão.”
“Posso dizer que a Turquia está observando cada movimento militar em suas fronteiras e especialmente a fronteira com a Síria”, declarou uma fonte do governo turco, que falou sob condição de anonimato.
Erdogan, contudo, não ataca a causa para a tensão na zona fronteiriça: o caça russo derrubado pela Turquia em espaço aéreo sírio. Após o incidente, a Rússia foi forçada a posicionar sistemas de defesa S-400 na base aérea de Hmeymym, na Síria.
“Eles pensavam que nós iríamos virar e correr. Não, a Rússia não é esse país”, disse o presidente russo, Vladimir Putin, no mês passado. “Aumentamos nossa presença na Síria, aumentamos o número de aeronaves de combate posicionados lá. Não havia sistema de defesa antiaéreo — agora há o S-400. Se antes a Turquia violava o espaço aéreo sírio, que eles tentem agora.”
Moscou também enviou navios de guerra ao Mediterrâneo para ajudar na campanha contra o terrorismo e na defesa de caças russos.
Sputnik
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