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quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

Treinador avançado Yak-130 conquista o quarto cliente estrangeiro

IacaABREABREAeronave demonstradora do modelo Yak-130 com tanques de combustível nas extremidades das asas

Por Roberto Lopes

A indústria aeronáutica russa Irkut confirmou para o fim deste ano a entrega do primeiro jato de treinamento avançado Yakovlev Yak-130 à Força Aérea de Myanmar (antiga Birmânia). Em 2017, além de continuar a receber as aeronaves, os militares desse país devem assistir a chegada de um simulador da aeronave.

Myanmar é o quarto país a optar pelo Yak-130, depois de Argélia – que adquiriu 12 unidades –, Bielorrúsia – que importou quatro exemplares – e de Bangladesh – que comprou outros 12.

O fornecimento à Argélia foi completado em 2013. As unidades destinadas à Bielorrúsia começaram a ser entregues em abril de 2015. O próximo cliente estrangeiro da fila a começar a receber seus aviões é Bangladesh, ainda nessa metade inicial de 2016. Myanmar vem logo depois.

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Jato Yak-130 da Força Aérea Argelina

A força Aérea do Uruguai demonstrou vivo interesse pelo avião que, como se sabe, é um treinador tipo LIFT (lead-in fighter trainer), de pedigree tão agressivo que, no caso de uma aviação compacta, sem muitos recursos, poderia cumprir ainda as missões de ataque ao solo e interceptação de voos ilegais.

O problema é o preço.

Os uruguaios chegaram à fase de discutir valores e formas de pagamento com a agência russa de exportação de produtos militares – e desanimaram.

Lançado no mercado como uma aeronave low cost, na faixa dos 15 milhões de dólares, os YAK-130 – em um pacote que envolva aviônicos de certa sofisticação, armamento, suprimentos, documentação técnica, simulador e treinamento – chegam, facilmente, ao valor unitário de 30 milhões (de dólares, naturalmente)…

Síria – Nos últimos dois anos o modelo da Irkut também foi oferecido aos militares da Argentina, do Peru e da Bolívia – país onde causou impressão particularmente boa.
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Jato Yak-130 da Força Aérea da Rússia com trilho disparador de mísseis ar-ar nas extremidades das asas

Os militares peruanos oscilam muito entre as indústrias aeronáuticas da Rússia e da Europa Ocidental. Na Argentina de Cristina Kirchner a questão mostrou-se bem simples: não havia nem dinheiro, nem um processo decisório claro no âmbito do Ministério da Defesa.

Um fornecimento de 36 jatos Yak-130 para a Força Aérea da Síria – confirmado por fontes oficiais de Damasco no segundo semestre do ano passado – foi (oficialmente) suspenso até que sejam aclaradas dúvidas sobre o aspecto financeiro da operação.

Mas não se sabe até que ponto o presidente russo Vladimir Putin brecou a transferência das aeronaves para evitar que elas viessem a ser utilizadas de forma “inadequada” – contra a frota multinacional estacionada no Mediterrâneo Oriental para atacar as posições do Estado Islâmico na Síria…

Aparentemente, Moscou se comprometeu a fornecer a cobertura aérea que as tropas Sírias requeiram em sua batalha contra a oposição armada ao Regime de Damasco e contra os terroristas do Estado Islâmico.

Brasil – O Yak-130 também foi oferecido à Força Aérea Brasileira, por um grupo de agenciadores de material russo no qual atuaria o ex-ministro da Defesa do governo Lula, embaixador José Viegas.

As chances de a FAB adquirir o treinador russo são, contudo, nulas.

Além de não haver dinheiro, a Aeronáutica brasileira parece pender para a solução sueca, de treinar seus pilotos de caça Gripen nas próprias aeronaves biplace da família Gripen.

Plano Brasil

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