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quarta-feira, 9 de março de 2016

EUA querem implantar sistemas Patriot na Suécia

Sistema de mísseis Patriot na Turquia. Foto de arquivo
O ministro da Defesa sueco declarou que o seu país ainda não comentou oficialmente esta informação.

O chefe das Forças Armadas dos EUA na Europa, Ben Hodges, declarou em uma entrevista ao canal TV4 que o seu país pretende instalar na Suécia o sistema de defesa antimíssil Patriot, durante treinamentos militares.

O ministro da Defesa da Suécia, Peter Hultqvist, que atualmente está prestando uma visita à Finlândia, não divulgou qualquer informação oficial, só declarou que os treinamentos na Suécia ainda estão sendo preparados.

Hultqvist também sublinhou que o seu país realiza exercícios conjuntos com vários países, inclusive com os EUA.

Vários analistas opinam que os Estados Unidos se preparam para uma eventual situação em que os países bálticos possam ser atacados. Mas Peter Hultqvist notou que não quer discutir ameaças e só quer chamar a atenção às ações da Rússia. De acordo com ele, ultimamente esta última tem aumentado a pressão na Europa do Norte.

O especialista russo em situações de crise, veterano de Serviço de Informação Lev Korolkov opina que a instalação dos sistemas Patriot faz parte do plano geopolítico americano de aumento de pressão em torno da Rússia.

“Eles rodeiam a Rússia e a China com suas bases e focos de tensão. No que diz respeito aos Bálcãs, os EUA já por muito tempo trabalham persistentemente para criar uma situação desfavorável à Rússia, tentando persuadir os países da região a deixar o estatuto de neutralidade. A Suécia é um país neutro e não faz parte da OTAN.”

Hultqvist tentou argumentar a sua posição dizendo:

“Ao anexar a Crimeia, a Rússia violou o direito internacional e o país provoca instabilidade na Ucrânia. Os países bálticos sentem que estão enfrentando uma ameaça”.

Enquanto isso, a Crimeia se tornou de novo uma região russa depois de um referendo realizado ali em março de 2014, no qual a maioria dos habitantes da península votou a favor da reintegração na Rússia. As autoridades da Crimeia realizaram o referendo depois do golpe de Estado na Ucrânia de fevereiro de 2014, quando políticos solidários com as forças nacionalistas e russófobas chegaram ao poder.

A Ucrânia ainda considera a Crimeia parte do seu território. O Ministério das Relações Exteriores russo declarou repetidamente que os habitantes da Crimeia votaram pela reintegração com a Rússia, o que plenamente corresponde ao direito internacional e à Carta da ONU e que a Rússia respeita esta escolha. Esta decisão é a realidade que deve ser tida em conta.

Sputnik

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