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quarta-feira, 9 de março de 2016

Síria e as experiências de uma guerra imposta


Damasco, 8 mar (Prensa Latina) Nos aspectos teóricos e práticos, as Forças Armadas sírias acumulavam experiências de combate nos confrontos contra Israel ou durante a participação na dramática guerra no Líbano, mas a princípio, não imaginavam a violência de um conflito irregular e inesperado.

O trabalho dos serviços de inteligência ocidentais, leia-se em primeiro lugar Estados Unidos, sistematizaram nesse sentido um intenso esforço de preparação contra a Síria e incorporaram aos regimes "amigos" como Arábia Saudita, Catar, Turquia e um "sócio" bem próximo, o Mossad israelense.

Ativaram com zelo uma logística que incluiu provocadores profissionais em supostas e massivas manifestações contra o Governo de Bashar al Assad, e que apoiados por franco-atiradores dizimaram civis e policiais, junto a uma rigorosa ação de fanáticos suicidas.

Não houve absolutamente espontaneidade alguma quando milhares de terroristas cruzaram as fronteiras da Síria e "ajudaram" os oposicionistas. Cada assalto a instalações militares, públicas e a populações foi o resultado de uma vasta preparação que entre 2011 e 2013 tentou desarticular mas não derrotou as Forças Armadas.

Bloqueada em todos os níveis, Síria enfrentou uma guerra irregular com programas e projetos técnicos e táticas militares que não haviam se modernizado, além de uma boa parte de seus efetivos estarem em idade de reserva.

Mesmo assim, a batalha por Damasco foi vitoriosa no terreno de combate e os armados que chegaram quase até as principais zonas urbanas da capital encontraram uma resistência que os serviços de inteligência não puderam prever.

Tentaram de tudo: dividir as Forças Armadas, atentar contra as sedes do Estado Maior, assassinar sem misericórdia e apelar para franco-atiradores e carros bombas para causar o terror entre a população civil.

Com prudência e decisão e o importante respaldo da Rússia e do Irã, começou em tempo recorde uma ampla e efetiva atualização para enfrentar a guerra irregular dos terroristas, a qual incluiu melhorias substanciais no armamento rápido, a utilização dos blindados e o emprego da aviação como apoio às ações da artilharia e das unidades de combate.

A partir do início de 2015, ganhou-se flexibilidade no emprego de tropas, com uma maior densidade e precisão de fogo e o aproveitamento da geografia do país, unidos a uma intensa preparação de grupos de autodefesa e o aumento dos controles em cada localidade e área.

Foram assimilados com rapidez o reforço da defesa nas regiões recuperadas e a mobilização de voluntários, o que permitiu coordenar ações com o Exército regular nas mais de 10 frentes de combate em todo o país.

As Forças Armadas sírias estão hoje em melhores condições para prosseguir seu avanço e empregar com eficiência fuzis de alta precisão, sistemas de guias laser, tanque T-72 M e T-90 MS, projéteis termobáricos para infantaria ligeira e a artilharia ou os modernos Sukhoi 24 e MIG 23, entre outros.

No terreno de combate provam a efetividade de um armamento para o qual os serviços de inteligência ocidentais não haviam conseguido preparar com objetividade os milhares de terroristas, pressionados agora pelas derrotas e sustentados de todos os pontos de vista pelos propugnadores da destruição da Síria.

Por Pedro García Hernández 

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