Parte da bancada do Brasil que participava da reunião do Parlamento do Mercosul (Parlasul) nesta segunda-feira, em Montevidéu, se retirou após o presidente da entidade, o argentino Jorge Taiana, fazer críticas ao golpe de estado que está sendo praticado contra a presidenta Dilma Rousseff. No entanto, a razão era outra: deputados consideraram “ruim” o local onde ficou a delegação brasileira. Mostrando que são “mimados”, acostumados com mordomias e luxo desenfreado, alguns deputados não aceitaram a localização de cadeiras.
Para Taiana, o julgamento político é uma situação escandalosa: “Isto é um golpe parlamentar, é uma utilização forçada da lei de impeachment”, diz a nota, acrescentando que setores conservadores, de direita, do mundo financeiro e da mídia teriam como objetivo central impedir que Lula voltasse à presidência do Brasil em 2018.
O deputado federal golpista baiano Benito Gama (PTB), relatou o episódio é um dos parlamentares que votaram a favor do impedimento de Dilma.
“O Mercosul não pode entrar em assuntos internos do Brasil chamando o impeachment de ‘golpe parlamentar’. É Inaceitável”, lamuriou Benito.
Na verdade, os deputados deixaram o recinto porque estavam melindrados com o que qualificaram como situação vexatória, pois tinham sido colocados em locais considerados “ruins” por eles, sem entender que os locais eram dispostos por ordem de chegada.
O presidente do Uruguai, Tabaré Vásquez, ainda tentou interceder para que os parlamentares brasileiros não abandonassem o seminário.
Em solidariedade, ele saiu de sua cadeira de honra e se sentou na mesma fileira onde ficaria a delegação brasileira, que, mesmo assim, debandou em massa.
Para o deputado Ságuas Moraes, o ato foi precipitado: “Faltou organização do cerimonial, sim, mas nada que justificasse a retirada”.
O deputado Jean Wyllys criticou a reação “exagerada” dos companheiros brasileiros, temendo que a atitude deixe uma imagem ruim da delegação. E por falar em imagem, a imagem dos políticos brasileiros nunca foi tão ruim no país e no exterior.
Acostumados a serem tratados como verdadeiros marajás no Brasil, se julgam no direito de exigir tratamento diferenciado em terras estranhas, além de patrocinar um dos maiores escândalos golpistas da atualidade.
Portal Vermelho e A Marcha Verde
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