Os militantes sírios usaram pessoas oriundas da República da Chechênia (uma unidade federativa no sul da Rússia) como “carne para canhão”, disse à Sputnik o líder interino da República, Ramzan Kadyrov. Segundo ele, o número de tentativas por parte de cidadãos russos de ir lutar para a Síria diminuiu muito desde o início da operação russa.
A maior parte dos naturais da Chechênia que lutavam ao lado dos terroristas na Síria foi eliminada, só restam 200 pessoas, disse Kadyrov, que liderou a República por muitos anos e foi nomeado em 25 de março presidente interino da República.
“Agora temos informação que a maior parte de chechenos morreu lá. Porque os árabes que lutam lá e outras nacionalidades usaram os chechenos como carne para canhão: vocês têm prática, têm experiência, força, checheno, vá combater… Cerca de 200 chechenos ficaram na Síria. Eles chegaram da Europa. Há grupos de bandidos de 20 pessoas, de 30 pessoas”, disse.
Segundo Kadyrov, serviços secretos ocidentais usam os oriundos da Chechênia que vivem na Europa:
“Eles os mantêm intencionalmente. Eles [os chechenos] têm ligação com os serviços secretos. Eles [os serviços] lhes permitem tudo: dão armas e preparam para algo. Temos dezenas e até centenas de milhares de pessoas que vivem na Europa, na Turquia, na Ucrânia, por todo o lado”, disse.
No que toca diretamente à Chechênia, de acordo com Kadyrov é raro alguém deixar a República para participar de uma guerra no estrangeiro.
“Controlamos todos. É muito raro alguém sair para combater”, assegurou o líder da República.
Além disso, o número dos que tentam ir à Síria para participar de hostilidades diminui desde o início da operação da Força Aeroespacial russa naquele país – não só da Chechênia, mas da Rússia em geral também.
Segundo vários dados, de dois a três milhares de cidadãos russos participaram de atividades de organização internacionais terroristas no oriente Médio. O diretor da Organização Federal de Segurança (FSB, na sigla em russo) Aleksandr Bortnikov disse em dezembro de 2015 que cerca de 200 pessoas foram destruídas e quase o mesmo número voltou à Rússia e foi tomado sob controle.
Sputnik
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