O inspetor-geral da CIA destruiu “inadvertidamente” a sua única cópia do relatório do Senado americano sobre os métodos de tortura usados a seguir ao 9/11.
O fato interessante é que ele fez isso não obstante as repetidas exigências por parte do Departamento de Justiça de guardar todas as cópias do conhecido relatório.
Uma vez que não existem outras cópias do documento, as informações sobre a destruição que ocorreu são importantes porque se trata do inspetor-geral da CIA e porque o documento foi destruído no seu escritório. Para além disso, ele é a pessoa que deve ser responsável por supervisionar a posição política da agência e por garantir que a agência não viola legislação.Em 2014, o Comitê de Inteligência do Senado terminou a elaboração do relatório de 6.000 páginas revelando a utilização de torturas por parte da CIA entre 2001 e 2006.
A íntegra do relatório nunca foi tornada pública, mas em 2014 o Senado apresentou um resumo de menos de 500 páginas, que revelou os métodos de tortura usados pela CIA, que incluíram simulações de afogamento e privação de sono.
As técnicas “avançadas” de interrogatório, aprovadas quando George W. Bush era presidente dos EUA, incluíam tratamento severo dos detidos em centros de detenção dos Estados Unidos, inclusive na baía de Guantánamo.
Quando o resumo foi tornado público, as cópias deste foram enviadas a várias agências federais, inclusive ao inspetor-geral da CIA. Após receber o disco com o documento, ele o destruiu. De acordo com Christopher Sharpley, que atualmente possui a pasta em questão, isso foi “o procedimento habitual”.
Mas segundo informou o site Yahoo News, o escritório recentemente admitiu ter destruído o documento “erradamente”.
De acordo com o resumo do relatório, o programa de torturas da CIA foi criado e usado para interrogar detidos suspeitos de ligações com a Al-Qaeda. O programa foi criado logo após os atentados de 9/11 em Nova York, quando terroristas com ligações à Al-Qaeda sequestraram quatro aeronaves comerciais que fizeram colidir contra o World Trade Center e o Pentágono, matando cerca de 3 mil pessoas. O quarto avião que era dirigido ao Capitólio dos Estados Unidos caiu na Pensilvânia depois de os passageiros terem tentado retomar o controle da aeronave.
sputniknews
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