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domingo, 26 de junho de 2016

Representante da Folha de S. Paulo se irritou ao ser confrontado em debate ocorrido em Londres sobre golpismo no Brasil


Agência Brasil
Em debate em Londres, britânica diz que concentração da mídia em poucas famílias é prejudicial à democracia e Otávio Frias Filho não gostou de ouvir a verdadeEm debate em Londres, britânica diz que concentração da mídia em poucas famílias é prejudicial à democracia e Otávio Frias Filho não gostou de ouvir a verdade
Acostumado a ser bajulado nos eventos onde vai e ouvir o que quer, Frias ficou irritado ao ser questionado sobre a postura da imprensa tradicional diante do processo que levou ao afastamento da presidenta eleita Dilma Rousseff. 

Frias classificou como “fascinante” a atual crise política no Brasil e fez adefesa do golpe, afiramando que os fundamentos do impeachment são legais. Disse ainda que ele e a jornalista britânica Brandford não deveriam estar no mesmo debate, pois, enquanto ele e Silvia Salek seriam jornalistas, ela seria, nas palavras do brasileiro, “militante do PT”.
“Tenho uma crítica a fazer aos organizadores do evento porque, para esta mesa, parece que foram convidados dois jornalistas e uma terceira pessoa que tem uma visão que corresponde à militância do PT”, afirmou ele, que acretida que quem pensa diferente dele só pode ser petista. Depois, disse que na verdade o impeachment foi pelo “conjunto da obra”, termo usado pelas lideranças da direita que articularam o golpe.
A certa altura disse que se fosse um golpe a presidenta Dilma, a rigor, deveria ter usado as Forças Armadas e predindo os golpistas, pois, para ele, é assim que se deve agir e portanro, se não o fez foi porque prevaricou. Na lógica de Frias isso demonstra que “é completamente improcedente a afirmação de que se trata que um golpe”.
O motivo de tal irritação é que Sue Brandford havia dito antes que “parece que a imprensa brasileira sofre de uma fragilidade estrutural que realmente está dificultando a consolidação da democracia no Brasil”.
Ela explicou que não faz referência a jornalistas individualmente, mas ao setor midiático. “Talvez seja um pouco de truísmo dizer que, no Brasil, a grande imprensa – os grandes veículos de comunicação – é dominada por poucas famílias, todas elas muito conservadoras”, argumentou. Frias contestou, alegando que discutir a propriedade dos meios de comunicação significa “fetichizar” esta questão.
Brandford comentou a atuação da imprensa internacional diante do golpe, ressaltando a cobertura do “New York Times“, da “Al Jazeera“, “Wall Street Journal” e do “Washington Post”. Ao final, mostrou-se surpresa diante da tentativa do diretor de redação de desqualificá-la.
A jornalista escreveu um texto comentando o assunto no site “Latin America Bureau” e sintetizou: “minha fala realmente irritou Frias”.
Em sua exposição, a correspondente avaliou ainda que a hostilidade em relação ao PT existe desde que o partido foi fundado. E citou ainda a informação de que, nos primeiros 4 meses de 2016, o Estadão publicou 83 editoriais contra Dilma, o Globo 29, e a Folha 23.
“De maneira pouco velada, os principais veículos da mídia nacional têm estimulado o público a ajudar na derrubada da Presidenta Dilma Rousseff”, disse a jornalista em sua intervenção, que durou 15 minutos.
Frias disse ainda que ela falou “inverdades” e que “pessoalmente, foi contra o impeachment, enquanto cidadão brasileiro”, apesar de dizer antes que o impeachment tinha fundamento. Ele  também saiu em defesa dos demais veículos de imprensa e disse que se tratam de meios plurais. Mas depois, ao comentar o posicionamento de cada um admitiu que esse veículos, como a Veja, tem posições antipetistas.
“Sinto falta de uma quarta pessoa na mesa que representasse a militância do PSDB”, tentou ironizar o diretor de redação. O debate está disponível no YouTube, neste link: https://www.youtube.com/watch?v=Ck0gRnR0DkU
Vermelho e agências

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