Submarinos monitorarão potenciais ameaças da Europa e Oriente Médio Foto:Vitáli Ankov/RIA Nôvosti
O Ministério da Defesa da Rússia estaria concluindo a construção de uma nova base da Marinha com seis berços para submarinos na cidade de Novorossiysk (1.500 km ao sul de Moscou), segundo informou uma fonte no complexo militar russo que não quis se identificar
"Os submarinos Rostov-no-Don, Novorossiysk e Stári Oskol já se encontram na nova base naval. Os três navios estão equipados com torpedos submarinos do tipo Kalibr, que demonstraram seu poder de combate na Síria. Esses mísseis são capazes de atingir alvos a uma distância de até 2.500 quilômetros”, disse a fonte à Gazeta Russa.
Segundo ela, a decisão de construir uma nova base no mar Negro é uma resposta ao aumento da atividade de navios da Otan nos últimos anos. "Os submarinos na cidade de Novorossiysk permitirão monitorar e controlar ameaças potenciais no território da Europa e no Oriente Médio", explicou.
"A nova base naval em Novorossiysk, junto com as bases na Crimeia, permitirá controlar o Bósforo, a infraestrutura militar na Bulgária e neutralizar as ameaças da base americana na Romênia ", disse o especialista militar da agência de notícias TASS, Víktor Litôvkin.
De acordo com o diretor do Instituto de Análise Política e Militar da Rússia, Aleksandr Khramtchíkhin, a principal ameaça na Europa Oriental para o país é a possibilidade de transformação da base de defesa antiaérea norte-americana em uma base militar ofensiva.
"É possível colocar mísseis de cruzeiro em lançadores da base de defesa antiaérea. Os lançadores Standard SM-3 podem ser usados para projetar mísseis estratégicos de cruzeiro Tomahawk, disse Hramtchihin.
"As condições climáticas representam o problema principal da nova base. Devido às montanhas do Cáucaso, a zona marítima de Novorossiysk sofre regularmente com os ventos do norte, que afetam navios e edifícios e podem até destruir a infraestrutura militar", disse Litôvkin. Segundo ele, a Rússia está construindo um novo túnel nas montanhas do Cáucaso para minimizar a ameaça de ventos destrutivos.
gazeta russa
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