Índia pretende assinar um contrato de US $ 8 bilhões para a modernização de 194 Su-30MKI

Sugestão: Rustam

Tradução e adaptação E.M.Pinto

Num artigo assinado por Vivek Raghuvanshi publicado na Defense News, foi relatado que a Índia tem acelerado as negociações com a Rússia sobre o programa de modernização de 194 caças Su-30MKI, num total estimado de US $ 8 bilhões. Prevê-se que o programa converterá os caças para um padrão próximo à quinta geração. A versão atualizada receberá o nome de Super Sukhoi.

De acordo com um representante não identificado do Ministério da Defesa indiana.

 “A delegação russa foi à Nova Deli no início de julho para discutir a modernização da aeronave, o contrato deve ser concluído nos próximos quatro a seis meses.”
O representante da IAF observou  que está prevista a atualização de todos os 272 Su-30MKI ao nível de aviões de quinta geração. Embora o representante da Força Aérea da Índia alegue que este programa não prejudicará o desenvolvimento do projeto da quinta geração o FGFA avaliado em US $ 25 bilhões. Porém, alguns especialistas acreditam que o projeto do “Super Sukhoi”  abrandará o ritmo de desenvolvimento  FGFA.

O acordo preliminar entre a Índia e a Rússia sobre o desenvolvimento de aeronaves de caça de quinta geração foi assinado em 2011, mas as partes não tinham assinado ainda um contrato de US $ 6 bilhões. Para o pagamento do interesse indiano no projeto, como as partes não têm sido capazes de resolver o problema em relação à participação de cada uma  na fabricação de aeronaves. De acordo com a Marechal do ar aposentado Muthumanikama Mathesvara (Muthumanikam Matheswara), a modernização do Su-30 definitivamente abrandará o projeto FGFA, apesar do fato de que o Su-30 modernizado não ser equivalente ao FGFA. Porém ressalta que o máximo de modernização dos Su-30 sairia pela metade do custo de uma nova aeronave FGFA, que é consideravelmente mais caro.Respondendo a uma pergunta sobre por que o Super Sukhoi não vai custar tanto quanto o FGFA, outro representante da Força Aérea, disse:

” O programa FGFA já está aprovado mas o Super Sukhoi ainda não”.

O marechal da Reserva Dalzhit Singh (Daljit Singh) explicou a diferença entre o FGFA e o Super Sukhoi.

“O FGFA tem um número de recursos que não estão disponíveis no Super Sukhoi. Eles incluem um posicionamento interno de armas, um melhor desempenho de furtividade, sistema eletrônico de combate integrado, velocidade de cruzeiro a uma velocidade supersônica. O Su-30 não pode ser transformado em um avião furtivo. Qualquer alteração de uma asa e materiais da aeronaves para aumentar a discrição seria caro, demorado e quase igual ao novo projeto FGFA  “.

Os planos para a modernização da Super Sukhoi incluem a conclusão da cabine, facilitando a conversão para o FGFA. A aeronave melhorará  aa furtividade e será equipada com mísseis de longo alcance e sistema de orientação infravermelha, o míssil supersônico russo-indiano, BrahMos, bem como o radar AESA, disse um diplomata da embaixada russa (sic !).

Mathesvar observou que a ênfase na modernização da versão Su-30 para o Super Sukhoi será feita em aviônicos e sensores. Eles serão completamente novos, assim como o software. Assim, não haverá a repetição dos problemas antigos com o software. Também serão sanados os problemas dos motores.

Relata-se que o Super Sukhoi receberia modificações nas asas e tomadas de ar para tornar-se mais furtivo, embora o coração do programa seja os sistemas eletrônicos.

De acordo com o diplomata russo na Índia, um contrato para a modernização para o Super Sukhoi já foi assinado, o protótipo será feito na Rússia, e ele será modernizado nas instalações da HAL na Índia.

Apesar do desejo de se obter o Super Sukhoi, a principal limitação da Força Aérea  é a falta de recursos. O representante do Ministério da Defesa confirmou que a disponibilidade de fundos para a modernização seria um assunto sério, a falta de aviões de combate IAF é sensível dada a diminuição acentuada do número de aeronaves disponíveis.  A IAF possui atualmente 25 esquadrões de caça, compostos cada um por 18 aeronaves, embora o desejável seria 45 esquadrões.

Fonte: Defence News

Plano Brasil