Foto divulgada pela agência de notícias coreana Yonhap do KA-1, versão armada do KT-1P
Por Roberto Lopes
O monomotor de instrução básica e ataque leve ao solo KAI KT-1P Woong-Bee conquistou o seu terceiro cliente (depois das forças aéreas da Coreia e do Peru): o Exército do Ar Senegalês (Armée de l’Air Sénégalaise) receberá, ainda este ano, quatro aparelhos configurados para missões de close air suport (apoio aéreo aproximado).
As aeronaves dessa versão – que os fabricantes coreanos chamam, simplesmente, de KA-1 – serão entregues com cabides para bombas e trilhos de encaixe para lançadores de foguetes de 70 mm, mas em sua área ventral poderão transportar, até mesmo, um pod designador de alvos por laser.
O fornecimento dará cumprimento ao acordo que, segundo uma nota publicada nesta quinta-feira (21.07) pelo site Business Korea, foi firmado sexta-feira passada (15.07) entre a Korean Aerospace Industries e o Comando da Aviação Militar do Senegal.
A informação do site sul-coreano não menciona valores ou prazos.
De acordo com a agência de notícias sul-coreana Yonhap, o acordo do dia 15 teria sido negociado pessoalmente pelo presidente senegalês, Macky Sall, durante a visita oficial que ele fez a Seul, no mês de setembro de 2015 – ocasião em que o africano manteve uma reunião de trabalho com a chefe de Estado sul-coreana Park Geun-hye.
Setembro de 2015: o presidente Sall, do Senegal, se encontra, em Seul, com sua colega Park Geun-hye
Ameaças – Mas a notícia acerca do emprego das aeronaves coreanas em missões armadas foi dada pela imprensa francesa já no último fim de semana, aludindo às ameaças representadas pelos separatistas senegaleses refugiados na região de Casamance, na fronteira com a Guiné-Bissau, e por grupos terroristas que atuam no Máli e na Mauritânia.
Ainda segundo a Yonhap, os KA-1 coreanos serão fabricados na planta industrial da KAI em Sacheon, 437 km a sudeste de Seul.
Eles substituirão os antiquados Socata R235 Guerrier, versão militar do turboélice de passeio Gabier/Rallye 235, que são dotados de lançadores de foguetes sob as asas, para que os pilotos de combate senegaleses possam patrulhar as fronteiras do seu país.
Aeronave Socata Guerrier, da Aviação Senegalesa, equipada com um lançador de foguetes
Sob o aspecto capacidade de ataque, os KA-1 coreanos vão suplementar o poder de fogo da Aviação Militar senegalesa, hoje representado por um par de helicópteros Mil Mi-35 (codinome Hind na Otan), adquiridos à Rússia 11 anos atrás.
Paraguai – Em abril de 2013 a Aviação senegalesa mostrou interesse na compra de três turboélices EMB-214 Super Tucano, mas essa negociação não pôde ser desenvolvida em um maior número de aparelhos devido ao alto custo de aquisição dos monomotores da Embraer – de valor unitário no patamar dos 11 milhões de dólares, o dobro de um KA-1 coreano.
A Força Aérea da Mauritânia (país que faz fronteira com o Senegal ao norte) opera o Super Tucano.
Entre 14 e 17 de abril do ano passado, o próprio comandante da Força Aérea Senegalesa, General de Brigada Aérea Birame Diop, esteve no Brasil para visitar a mostra de armamentos da LAAD, no Rio de Janeiro, as instalações da Embraer e unidades da Força Aérea Brasileira.
O general Diop entra na nacele de um Super Tucano da Esquadrilha da Fumaça
O Senegal tem dois militares estagiando em uma unidade da Infantaria de Guarda da Aeronáutica, e seis Aspirantes frequentando a Escola Naval da Marinha brasileira, no Rio de Janeiro.
O comandante da Força Aérea senegalesa com os Aspirantes de seu país que cursam a Escola Naval da Marinha do Brasil
Mês passado o governo peruano, que fabrica o KT-1P sob licença na Base Aérea Las Palmas, nos arredores de Lima, levou o ministro da Defesa do Paraguai, Diógenes Martínez, para conhecer a linha de produção do avião.
A Força Aérea do Paraguai deve se tornar a segunda corporação militar sul-americana a operar o monomotor sul-coreano.
Plano Brasil
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