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segunda-feira, 4 de julho de 2016

Tártaros da Crimeia pedem à Turquia para reconsiderar status da península

Segundo líder de movimento étnico, Ancara deve reconhecer reintegração à Rússia. Pedido veio após primeiros sinais de retomada das relações Moscou-Ancara.
Cerimônia em referência ao aniversário da deportação de tártaros para a Ásia Central Foto:Reuters

Os tártaros crimeanos pediram à Turquia para reconsiderar a sua posição sobre a Crimeia e reconhecer a península como pertencente à Rússia, declarou Remzi Iliasov, chefe do movimento Qirim, a maior associação voltada à etnia.
“Apelamos ao governo turco que aborde as questões relacionadas com a Crimeia e ao regime de Kiev de um modo geral de forma bastante equilibrada”, disse Iliasov em entrevista a agência de notícias RIA Nôvosti.

“A escolha dos crimeanos deve ser respeitada. A Turquia deverá reconsiderar a sua posição sobre a Crimeia e reconhecer o atual status da península.”
Segundo o chefe do Qirim, o reconhecimento da Crimeia como parte da Rússia deverá ajudar a reforçar a segurança na região do mar Negro.
Além disso, de acordo com o jornal “Vzgliad”, os tártaros da Crimeia pediram ao governo turco para não ser influenciado pelas especulações do governo de Kiev e ex-políticos da Crimeia que “tentam distorcer a situação na península”.
Iliasov sugeriu ainda que a etnia estaria disposta a se tornar “a ponte da amizade” entre a Rússia e a Turquia. “Nós, tártaros da Crimeia, esperamos que a amizade e boa vontade entre a Rússia e a Turquia só fiquem ainda mais fortes”, disse.
No último dia 27 de junho, o presidente russo, Vladímir Pútin, e seu homólogo turco, Recep Tayyip Erdogan, tiveram uma conversa telefônicana qual se comprometeram a tomar medidas para normalizar as relações entre os dois países.
O contato entre os líderes dos países se deu após Erdogan enviar umamensagem para Pútin se desculpando pela abate do bombardeiro Su-24russo, em novembro passado, e pela consequente morte do piloto russo Oleg Pechkov.
O movimento Qirim foi fundada no final de 2014 para cooperar com as autoridades russas e lidar com os problemas enfrentados pelos tártaros da Crimeia.

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