O carro de combate de apoio a tanques Terminator poderá fazer com que os tanques, na sua forma atual, se tornem armas do passado, escreve o colunista da revista The National Interest (NI) Dave Majumdar.
O conflito ucraniano, cujos intervenientes usam tanques e meios antitanque soviéticos modernizados, demonstrou mais uma vez que quaisquer que sejam os meios de defesa dinâmica e passiva, os tanques são vulneráveis. Independentemente do profissionalismo da tripulação, o carro de combate recebe até dez ataques, informou o NI citando a opinião do diretor do Centro de Análise de Estratégias e Tecnologias Ruslan Pukhov.
"Mesmo que se tenha uma ótima defesa – ativa e passiva. No primeiro caso você será protegido de um disparo, no segundo caso – de dois disparos, mas no fim você receberá mais cinco e acabou. É por isso que é melhor ter qualquer coisa como um 'tanque 2.0'", disse Ruslan Pukhov citado pelo jornal.
Porém, segundo Pukhov, o 'tanque 2.0' nem é ainda o mais recente tanque T-14 Armata, apesar de sua torre desabitada e sistema de defesa ativa: a construção deste veículo é semelhante aos tanques tradicionais. Se antes os tanques estavam relativamente bem protegidos contra ataques com granadas reativas e projéteis antitanque, as últimas gerações destas armas são capazes de perfurar mesmo a melhor defesa existente.
Primeiro-ministro russo Dmitry Medvedev discursando durante a apresentação do carro de combate de apoio Terminator-2
Por essa razão é necessário rever toda a concepção do tanque. Na Rússia o carro de combate de apoio de fogo é o protótipo do 'tanque versão 2.0'. Esse veículo oferece uma proteção bem melhor contra armas da infantaria e é capaz por si própria de destruir veículos inimigos. Neste momento existem o Terminator-1 e o Terminator-2 com base do chassi do tanque T-72. Além disso, está sendo desenvolvido o Terminator-3 com base do Armata, escreve o NI.
Segundo Pukhov, "o carro de combate de apoio" é um nome errado para o futuro produto. O Terminator não vai prestar apoio a outros tanques, pois será um modelo totalmente novo. Por enquanto sua concepção e alguns sistemas terão de ser aperfeiçoados. Por exemplo, há a necessidade de melhorar o sistema de sensores de informação da situação para a tripulação e da garantir sua proteção. Por agora nem o conceito, nem as tecnologias estão ainda finalizados, mas a era dos novos tanques está se aproximando, cita o NI a opinião de Pukhov.
De acordo com o especialista militar americano Michael Kofman, a Rússia ainda não vendeu nenhum modelo do Terminator-2.
No entanto, assim que for fornecido ao exército, esse carro de combate poderá combater contra grandes concentrações de infantaria em guerra urbana usando projéteis e canhões automáticos. Segundo Pukhov, as Forças Armadas precisam dos tanques Terminator não para demonstração de força, mas para defender nosso território, escreve o NI.
sputniknews
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