Uma nova 'corrida espacial' está a caminho?
A agência espacial russa Roscosmos anunciou planos de separação da parceria com os EUA na Estação Espacial Internacional (ISS), e disse ainda que pretende lançar três módulos para formar um novo posto orbital independente.
O anúncio foi feito por um conselho de planejamento sênior, que informou ainda que o fim da parceria entre Rússia e EUA deverá acontecer somente em 2024. A Estação Espacial Internacional é um programa que tem o apoio de vários países, mas o casamento de longa data entre os russos e os estadunidenses no âmbito espacial está prestes a terminar, principalmente por conta das tensões econômicas e políticas decorrentes da invasão da Crimea, na Ucrânia.
A decisão da Rússia de acabar com a parceira na ISS também pressiona a posição de outros parceiros, como Europa, Japão e Canadá, que ainda não se posicionaram sobre o assunto. Por outro lado, Chris Hadfield, astronauta e ex-comandante da ISS se posicionou sobre o assunto: -"Esta é uma excelente notícia, especialmente quando se ler entre a retórica. A ISS é um símbolo mundial chave".
Assim que a Rússia sair da ISS, ela pretende reposicionar três de seus módulos para formar a base de um novo posto orbital, que será planejado e operado "aparentemente" sem o apoio de nenhum outro país. Em parte, a Rússia pretende utilizar sua estação espacial como um degrau para novas expedições à Lua, segundo tradução de um comunicado da Roscosmos em seu website.
Yuri Koptev, presidente do Conselho Científico e Técnico da Roscosmos, e ex-chefe da agência espacial russa, disse que o estudo detalhado e as decisões finais devem ser revelados após novas reuniões, e que o mais importante é o fato do Conselho ter aprovado o projeto básico de vôo espacial tripulado até 2025.
Imagem do ônibus espacial Endeavour acoplado com a ISS (à esquerda), e o ATV europeu (à direita).
Créditos: NASA
De acordo com a revista Times Moscow, o programa espacial russo está recebendo investimentos pesados do governo do presidente Vladimir Putin: 1,8 trilhão de rublos (cerca de 29 bilhões de dólares) foi prometido para cobrir atividades espaciais até 2020. Ao que parece, Putin é um visionário quando o assunto é exploração espacial. Por outro lado, não foi anunciado qualquer orçamento para os planos da Rússia com relação a sua estação espacial independente.
O módulo russo Zarya, lançado em 1988, foi o bloco de construção da Estação Espacial Internacional. Zvezda, lançado dois anos mais tarde, serve como módulo de controle do posto avançado. A NASA construiu a parte exterior da estação, seus sistemas de energia, refrigeração e comunicação, assim como os módulos laboratoriais em acordo com a Europa e o Japão. O Canadá possui o braço robótico da ISS.
Todos os parceiros têm sido dependentes da Rússia para enviar tripulantes para a ISS desde que a NASA aposentou sua frota de ônibus espaciais. Os EUA, pensando nisso, estão preparando um novo programa para enviar tripulantes novamente a partir de 2017.
Com a saída da Rússia na parceria da Estação Espacial Internacional, será que uma nova "corrida espacial" está preste a acontecer?
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Por que razão Roscosmos quer reduzir tripulação russa na EEI?
A agência espacial russa Roscosmos pretende reduzir o número de seus representantes a bordo da Estação Espacial Internacional (EEI) de três para dois a fim de otimizar o programa de estudos, afirmou nesta quinta o diretor de Programas Tripulados, Sergei Krikalev.
"Temos planos para reduzir a tripulação porque diminuiu o número de espaçonaves de carga que são enviadas para a EEI, e porque estamos conscientes de que é necessário aumentar a eficácia do programa", explicou Krikalev ao jornal russo Izvestia. O executivo da Roscosmos também disse ter enviado mesma proposta aos outros participantes do programa da EEI, em particular ao Centro de Controle de Voos e ao Instituto de Problemas Médicos e Biológicos, para conhecer opinião deles sobre como e quando será melhor reduzir a tripulação.
A bordo da EEI podem normalmente trabalhar três astronautas estrangeiros. Todos eles viajam para órbita a bordo de naves russas Soyuz, o que permite à Roscosmos receber 55-60 milhões de dólares (cerca de 200 milhões de reais) por cada astronauta. Mas, a partir de 2018, alguns países pretendem começar a usar seu próprio transporte, pelo que duas das quatro naves espaciais utilizadas pela Rússia permanecerão inativas, sublinhou Igor Marinin, o diretor da revista Novosti Kosmonavtiki (Notícias de Astronáutica, em russo).
"Vamos enviar nossas expedições, duas vezes por ano, na primavera e no outono, e a questão é se vale a pena colocar em cada espaçonave três tripulantes ou se será bastante enviar apenas dois, para que também turistas espaciais possam viajar pagando sua viagem ", concluiu o especialista. A Corporação Estatal de Atividades Espaciais, Roscosmos, é o órgão governamental responsável pelo programa de ciência espacial e pesquisa aeroespacial da Rússia.
A corporação foi criada em 28 de dezembro de 2015. A Roscosmos era anteriormente conhecida como Agência Russa de Aeronáutica e Espaço.
A sede da Roscosmos está localizada em Moscou, enquanto o principal centro de controle de missão espacial está localizado na cidade de Korolev, nos arredores de Moscou. O Centro de Formação de Cosmonautas (GCTC) fica Zvezdny Gorodok (Cidade das Estrelas). As instalações de lançamento utilizados são o cosmódromo de Baikonur, no Cazaquistão (o mais usado) e o recentemente construído cosmódromo de Vostochny, no Extremo Oriente da Rússia, na região de Amur.
Sputnik
O espaço é muito importante imagine se 500 bilhões de dólares fosse investido nisso em vez das guerra EUA , Rússia ,China como também outros países têm grande potencial para isso.
ResponderExcluirClaro Infezlimente pequenos conflitos ainda são necessários para levanta fundo $
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