O Serviço Federal de Segurança da Rússia (FSB) deteve em Moscou o coronel Roman Suschenko, oficial da direção geral de inteligência do Ministério da Defesa da Ucrânia que estava recolhendo informações militares confidenciais sobre as Forças Armadas da Rússia e Guarda Nacional da Rússia.
Segundo comunicado da entidade, Roman Suschenko "recolhia intencionalmente dados secretos sobre atividades das Forças Armadas da Rússia e das forças da Guarda Nacional que poderiam prejudicar as capacidades defensivas russas se fossem sujeitos ao vazamento para o exterior".
O FSB afirma ter aberto uma ação penal contra Sushchenko por prática de espionagem.
Antes, uma representante da comissão de observadores de Moscou informou à RIA Novosti que quando detiveram Suschenko, ele afirmou ser um jornalista da agência ucraniana Ukrinform. Segundo informações, o coronel está na prisão de Lefortovo, em Moscou.
Ao mesmo tempo, o ministro da política de informação da Ucrânia, Yury Stets, comunicou que o departamento jurídico da entidade está recolhendo dados referentes às causas da detenção. Segundo o FSB, Suschenko não tinha credenciamento necessário para realizar funções de jornalista no território da Rússia.
A representante da Comissão social de monitoramento de Moscou, Zoya Svetova, foi a primeira pessoa a informar sobre a detenção de Roman Suschenko. Mais tarde essas informações foram confirmadas pela agência Ukrinform, onde trabalhou Suschenko.
"A Ukrinform qualifica a detenção de Suschenko, que trabalha na nossa agência desde 2002 e como correspondente na França – desde 2010, como uma provocação planejada", diz-se no comunicado publicado no site da agência. Segundo informou a assessora de imprensa da chancelaria ucraniana, Mariana Betsa, em sua página do Twitter, as circunstâncias da detenção do jornalista da Ukrinform na Rússia, incluindo o acesso imediato de cônsules ucranianos, estão sendo verificadas. Os detalhes da operação do FSB russo até então não foram revelados.
Sputnik
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