Larry Chin, Global Research
Traduzido pelo coletivo da vila vudu
Está longe do fim. Esperem surpresas de outubro, surpresas de novembro e eventos sem precedentes.
Faltando ainda uma semana para a conclusão da mais caótica e perigosa das campanhas eleitorais de toda a história dos EUA, a campanha de Hillary Rodham Clinton foi gravemente atingida e está afundando. Até o cinturão de propaganda de proteção que a mídia-empresa controlada pelos Clinton sempre garantiu a Hillary começa a afrouxar.
Hillary Clinton está sendo bombardeada sem piedade todos os dias, por whistleblowers – sentinelas que tocam o apito para avisar os companheiros de que alguma ameaça grave se aproxima – coordenados por Wikileaks.
Websites de acompanhamento, como Most Damning Wikileaks, que trabalham sobre os dados brutos e oferecem análises, também estão trabalhando sem descanso.
Incontáveis investigadores com base na Web e nas mídias sociais em geral, jornalistas e ativistas (Anonymous, DC Leaks, Guccifer 2.0, Michael Trimm, H.A. Goodman, Styxhexenhammer666, e postados anônimos no 4Chan, só para citar alguns), o Project Veritas, o grupo Judicial Watch e forças populares que se vão agrupando em torno de Donald Trump estão expondo a 'máquina Clinton', de todos os ângulos possíveis. Ainda há bombas de alto poder destrutivo, a serem reveladas.
Agora o FBI abriu duas novas investigações que têm por objeto os e-mails de Hillary Clinton.
No mais recente pacote divulgado por Wikileaks encontram-se claras evidências de que Hillary Clinton e o seu bando de auxiliares e agentes usaram – sabendo perfeitamente o que faziam – computadores privados não encriptados para conduzir negócios secretos (inclusive com troca de informação top secret); também sabendo o que faziam, tentaram ocultar e destruir provas dessa atividade, com o que se envolveram em práticas ativas de ocultação e encobrimento.
E-mails de Cheryl Mills, assessora dos Clinton também implica o presidente Barack Obama. Obama não só sabia sobre o servidor privado de Clinton: ele também se comunicou com Hillary servindo-se desse servidor privado clandestino.
Acredita-se que o FBI ficou sem escolha, obrigado a reagir, dada a descomunal quantidade de provas significativas de ampla variedade de crimes e infrações.
No centro disso tudo está a principal assessora de Clinton, Huma Abedin. O FBI encontrou cerca de 650 mil e-mails nos computadores e aparelhos de Abedin e do marido, do qual ela está separada, o ex-congressista Anthony Weiner. Os e-mails secretos relacionados a Clinton foram descobertos por acaso, para grande surpresa dos agentes do FBI, que investigavam acusações de pedofilia feitas contra Weiner. O Departamento de Justiça conseguiu um mandado para revistar todos os computadores de Abedin/Weiner.
O que lá foi encontrado está sendo classificado e catalogado pelo FBI. O simples número descomunal de e-mails já basta, só pela quantidade, para despertar desconfiança.
O que, exatamente, Hillary e equipe estavam tentando esconder? Estaria Clinton conduzindo operações secretas, com conhecimento e participação de Obama, usando servidores privados? Nesse caso, que operações foram essas? Estariam tentando esconder um "shadow government" [lit. "governo sombra", ou "governo paralelo"] e atividades que "os manuais" não autorizam?
Ou aquelas atividades tinham a ver com ocultar atividades criminosas da Fundação Clinton, já expostas por Wikileaks como uma frente (em tudo semelhante aos "Iran-Contras") para encobrirdinheiro enviado clandestinamente a terroristas (inclusive ao ISIS, mediante Arábia Saudita e Qatar), tráfico de influência, esquemas de propinas e subornos, lavagem de dinheiro, fraude, negócios de armas e outros crimes?
Ou teria a ver com ocultar depravação pessoal (pedofilia e/ou conexões com uma rede muito maior de pedofilia em Washington)?
As novas investigações conseguirão avançar para além da violação dos procedimentos de segurança, até a questão da intensão criminosa e evidência de crimes que há nos próprios e-mails?
Vários indiciamentos estão sendo preparados.
A decisão do FBI em contexto
Os dois, James Comey, diretor do FBI, e a advogada-geral Loretta Lynch são comprometidos, com vínculos profundos com os Clintons. Por que Comey resolveu agir, dessa vez? Lynch foi ou pressionada ou chantageada por Bill Clinton para que pusesse fim à investigação inicial sobre Hillary, mas agora ou não pôde ou não quis intrometer-se no caminho da investigação.
O presidente Obama adotou posição "neutra". Obama também se afastou completamente da campanha com Hillary ou a favor da candidatura dela.
O fato de os dois importantes 'serviçais' dos Clinton e Obama (importante chefe de torcida a favor de Hillary) estarem agora "contra Hillary" já é muito, muito eloquente:
(1) Há tantas provas graves que foi necessário iniciar outras investigações, segundo o Hatch Act, que consideraria crime a omissão de Comey. Tantas e tais provas, que nem Comey/Lynch/Obama podem continuar a proteger Hillary.
(2) Séria pressão interna dentro do FBI levou Comey a ter de cumprir o próprio dever, ou enfrentaria um motim. Muitos agentes do FBI estavam furiosos por Comey ter deixado que Clinton se livrasse do anzol, na primeira vez. Agora Comey está obrigado a "cobrir o traseiro".
(3) A campanha de Clinton está gravemente danificada, talvez sem reparo possível. "Os ratos estão pulando fora do navio que naufraga". O establishment Democrata pode ser forçado a considerar um plano B (talvez substituir Clinton por Tim Kaine) ou tentarão cancelar a eleição por algum outro meio.
(4) Agora que até a segurança zero das comunicações de Obama com Hillary via o servidor privado dela já foi denunciada por Wikileaks, Obama já começou a afastar-se de Clinton – um forte golpe contra a campanha de Hillary.
(5) Alguns observadores mais céticos sugeriram que a investigação do FBI poderia ser cortina de fumaça e tentativa para distrair a atenção, para que os eleitores não dessem muita atenção a material ainda mais grave, do tipo que acabaria de vez com os Clintons, a ser distribuído por Wikileaks e outras fontes na próxima semana. Contudo, o que se vê é que já foram encontradas tantas 'pistolas ainda fumegando' e tão indisfarçáveis, que, sim, os Clintons enfrentam hoje dificuldades realmente gravíssimas.
O establishment do Partido Democrata entrou em modo Pânico. Voltaram a culpar a Rússia. Agora, Comey faz o que faz 'porque' seria agente russo. Comey tornou-se também alvo, como Trump – também acusado de ser espião de Moscou.
A resposta oca e fraca parece sugerir, isso sim, que, com Hillary e a liderança dos Democratas enfraquecidos até a indigência (moral), a eleição pode já estar sendo dada por perdida.
Todos os homens e mulheres da rainha
No escândalo de Watergate, caíram todos os subalternos de Nixon, e Gerald Ford perdoou o presidente que renunciara. No caso do Irã-Contras, incontáveis agentes e assessores caíram sob "a espada da lei", para proteger a família Bush e a CIA.
Que destino aguarda Hillary Clinton?
E quanto aos agentes e operadores de Hillary? Será que eles/elas (Huma Abedin, Cheryl Mills, Neara Tanden, John Podesta, Bob Creamer, etc.) protegerão a rainha ou se voltarão contra ela? Quem restará para protegê-la?
Donna Brazile, presidente do Comitê Nacional Democrata, tradicional e fidelíssimo quadro clintonista, já foi obrigada a renunciar, depois que Wikileaks revelou que ela ajudara Hillary a fraudar as regras públicas de dois debates. (Brazile foi furiosamente ofendida por Hillary que teve um surto de fúria por a assessora não a ter efetivamente ajudado na tentativa de fraudar a entrevista a Matt Lauer, da NBC. Hoje, Brazile está livre do problema de ser chamada, por Clinton, de "essa vaca".)
Huma Abedin, nascida na Arábia Saudita (com conexões com a Fraternidade Muçulmana) é talvez a figura chave de todo o caso, requereu direitos de imunidade. Se Abedin disser a verdade, pode destruir os Clintons e viverá ameaçada de morte todos os dias que lhe restarem. Abedin, assessora mais pessoalmente próxima de Hillary Clinton não tem sido vista, em dias recentes, nem junto a Hillary nem em eventos de campanha.
Por outro lado, não será surpresa se Abedin recorrer à 5ª [Emenda], ou à técnica favorita dos culpados: repetir sem parar "Não me lembro". Huma já sugeriu que não faz "nem ideia" de como os E-mails meteram-se no computador dela.
Parece que parte dos documentos incriminatórios estão reunidos numa pasta intitulada "Seguro de Vida" [ing. "Life Insurance"]. Pode sugerir que Abedin separou alguns itens para sua própria proteção, no caso de os Clintons a ameaçarem de morte.
O marido de Abedin, Weiner, esse é caso completamente diferente. Não pertence ao círculo dos Clintons, e não poderia estar mais inclinado a "cantar"
A primeira de uma nova espécie de guerra de informações
A guerra de morte que se trava nessa campanha eleitoral, pelo controle do governo dos EUA, hoje, acontece sem que a ampla maioria da população ignorante/indiferente tome sequer conhecimento dela. A ampla maioria ignorante/indiferente só confia no que lhe dizem os veículos da mídia-empresa comercial (que os Clinton controlam completamente).
A guerra de informação trava-se inteiramente na Web e, como se viu claramente nos escândalos dos Clinton, a batalha se trava pela posse do conteúdo de dados de computador. A mídia-empresa, rádio, televisão e veículos impressos absolutamente não cobriu satisfatoriamente o desenrolar dos eventos. Dentro da bolha da mídia-empresa comercial, Hillary ainda manda e lidera; Trump é doido e pervertido; e o FBI meteu-se numa caça às bruxas. Contudo, até mesmo essa derradeira bolha já começa a se esvaziar. Os problemas em que Hillary naufragou são tão terrivelmente graves, que até a mídia-empresa comercial mais servil já começa a ter de noticiá-los.
Há forte possibilidade de que essa eleição seja disputada e decidida, afinal, sem a participação de vários segmentos deixados à margem.
Essas pessoas serão surpreendidas, chocadas, intimidades pelo que vem por aí. Resta pouco tempo aos que se interessem por ajudá-las a compreender.
Crise sem precedentes
Hillary Clinton e sua campanha enfrentaram resistência feroz de vários lados. Segundo as condições em campo, e segundo número crescente das mais prestigiosas campanhas de intenção de votos, Trump está reagindo. É possível até que já tenha aberto vantagem significativa.
Mas já aconteceu nos EUA de uma eleição ser fraudada e roubada para eleger um Clinton. Eles têm os meios, a tecnologia e já se viu acontecer. A questão agora é se a investigação pelo FBI e revelações bombásticas de Wikileaks, no último momento, conseguirão mudar completamente toda a paisagem, até dia 8 de novembro.
Mas o conflito permanecerá até muito depois da eleição e dos resultados.
Nixon foi eleito por uma catarata de votos em 1972, mas teve de deixar o governo por causa de Watergate.
Ainda que Clinton consiga a eleição, será atacada e investigada sem descanso, como aconteceu com Nixon. Pode-se dar por garantida, inevitável, uma crise constitucional. Ela pode ser indiciada antes ou depois da posse. Pode ser perdoada por Obama. Pode ser punida com impeachment. No caso pouco provável de que ela sobreviva a tudo isso, a resistência contra ela será permanente, sem fim. Seja como for, Hillary é tão corrupta e antagonizou tanta gente em tantos países, que não conseguirá nem governar nem reger a política exterior dos EUA.
No curto prazo, o cenário mais assustador tem a ver com a alta probabilidade de eventos/ataques sob falsa bandeira, para distrair ou, mesmo, para cancelar as eleições. E a decretação de lei marcial nos EUA, no caso de instabilidade civil e agitações provocadas por eleições contestadas.
Mais bombas, possivelmente as maiores, foram prometidas para as últimas semanas e últimos dias, inclusive mais documentos vindos de Wikileaks, Project Veritas e mais material distribuído por Anonymous.
Absolutamente não acabou. Que todos esperem surpresas de outubro, surpresas de novembro e o absolutamente sem precedentes.
blogdoalok
sexta-feira, 4 de novembro de 2016
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Crise sem precedentes, colapso do aparelho Clinton? Hackers, Whistleblowers, Trump e o FBI olham na mesma direção
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