Por sua própria admissão, Jussi Niinistö, do partido populista finlandês de extrema-direita, não considera os mísseis russos na região do Báltico como uma ameaça. Ao mesmo tempo, Niinistö admitiu que a “espiral negativa” poderia levar a “certas ações, embora aleatórias”, informou o canal de TV finlandês MTV3.
Niinistö deixou claro que não vê nenhum perigo proveniente da Rússia, nem vê qualquer tendência da liderança russa para ameaçar Helsinque. Na sua recente entrevista, Niinistö lembrou também que a Finlândia, na sua qualidade de Estado-Membro da UE, é obrigada a ajudar os seus parceiros, mas tem também o direito de receber ajuda em tempos de crise. Aliás, uma recente pesquisa do jornal finlandês Aamulehti mostrou que apenas um em cada quatro finlandeses realmente acreditava que seu país poderia ser atraído para uma possível guerra.
Além disso, apenas 10% dos finlandeses acreditavam que o exército finlandês se engajaria em operações militares na década seguinte. Ao mesmo tempo, muitos expressaram o ponto de vista de que futuros conflitos irão se espalhar por causa da falta de água e comida, ao invés da estereotipada “agressão russa”, que está sendo constantemente difundida pelos meios de comunicação.
Ao mesmo tempo, o ex-ministro das Relações Exteriores finlandês Erkki Tuomioja alertou os meios de comunicação finlandeses contra a adoção de um tom demasiado áspero, uma vez que foi potencialmente repleto de conflitos.
“Da mesma forma que o discurso do ódio é um passo curto da raiva à ação, a retórica da guerra está a uma curta distância dos conflitos militares”, disse Erkki Tuomioja, citado pelo jornal finlandês Savon Sanomat.
Anteriormente, o deslocamento dos mísseis Iskander-M para o enclave báltico da Rússia região de Kaliningrado lançou pânico nos países bálticos e partes da Escandinávia. Os países bálticos acusaram repetidamente Moscow de tentar agravar a situação na região. Em contraste, o secretário de imprensa do presidente russo, Dmitry Peskov, indicou que Moscow tinha o direito de tomar todas as medidas necessárias em resposta à expansão “agressiva” da OTAN em direção às suas fronteiras.
O porta-voz do Ministério da Defesa, Igor Konashenkov
,afirmou que todas as ameaças atuais à segurança européia
são resultado da política militar dos EUA na última década,
lembrando a implantação de sistemas de defesa antimísseis
na Polônia e na Romênia, Unidades de combate à Letónia,
Lituânia, Estónia e Polónia.
Traduzido para publicação em
Fonte: Sputnik News.com
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