"A Força Aeroespacial da Rússia necessita de uma aeronave capaz de garantir a cobertura aérea em zonas de combate, e, paralelamente, a execução de manobras operacionais e táticas na retaguarda, neutralizando os sistemas de telecomunicações, centros de comando e as reservas mais próximas do inimigo", acredita o especialista em assuntos militares, Makar Aksenenko.
Bem, tudo que já foi dito se pode aplicar ao MiG-35 russo. "Foi bom os construtores do MiG-35 terem tomado como base a família dos aviões MiG-29, já que estes têm sempre brilhado por suas excelentes caraterísticas aerodinâmicas e uma estrutura sólida e moderna", diz ele.
Mas o novo caça saiu ainda melhor por ter sido equipado com inovadores sistemas de combate, modernos módulos digitais, novos motores, sistemas de radiolocalização e complexos de defesa a bordo.
"Afinal, o potencial militar do avião de combate cresceu, em mínimo, 2,5 vezes. A aeronave pode usar as armas de alta precisão contra alvos no terreno, que é algo de importância vital na hora de assistir às forças terrestres", explicou Aksenenko, piloto militar e doutor em ciências militares, em uma entrevista exclusiva à Sputnik.
O perito também comentou que muitos elementos do MiG-35 são "revolucionários para a indústria e aviação russas" e que o início dos testes será uma oportunidade perfeita para demonstrar a experiência dos construtores da aeronave.
MiG-35, o caça russo de geração 4++, uma versão aperfeiçoada dos aviões de assalto MiG-29M/M2, durante a apresentação internacional na cidade de Lukhovitsy, em 27 de janeiro de 2017
Para finalizar, Aksenenko assinalou que as possibilidades do MiG-35 vir a ganhar destaque internacional são grandes, tendo em conta que este avião pode "resolver diversas tarefas muitíssimo bem e a menor preço".
Neste sentido, ele pode atrair o interesse em tais mercados como a Índia, a Argélia, a Indonésia, diversos países da América Latina, bem como nos países da Europa, inclusive na Servia e na Finlândia.
"Dessa maneira, o MiG-35 vai encontrar compradores no mercado estrangeiro. Mas claro que a Rússia deve armar sua própria Forca Aeroespacial em primeiro lugar", resumiu o perito.
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