A China está instalando novos mísseis balísticos intercontinentais no seu território em resposta à instalação do sistema da defesa antimíssil dos EUA no território do Japão e da Coreia do Sul, acredita o analista militar Aleksander Perendzhiev.
Antes no jornal chinês Global Times tinha sido publicada a informação sobre o aparecimento da foto do míssil balístico chinês Dongfeng-41 (DF-41) na Internet.
"A República Popular da China está instalando novos mísseis balísticos no seu território em resposta à instalação de elementos do sistema da defesa antimíssil dos EUA no território do Japão e da Coreia do Sul", disse Perendzhiev numa entrevista à Sputnik.
Segundo os dados preliminares, o míssil foi posicionado na província de Heilongjiang, perto da Rússia.
"Os EUA estão afirmando que seus sistemas antimísseis na região do Extremo Oriente se destinam apenas à contenção da Coreia do Norte, mas na verdade os antimísseis norte-americanos se destinam a anular o potencial dos mísseis nucleares da Rússia e da China", acredita Perendzhiev.
Outro analista russo, Konstantin Sivkov, que é presidente da Academia de Problemas Geopolíticos, acha que o posicionamento de mísseis DF-41 perto das fronteiras da Rússia não representa nenhuma ameaça para a Rússia.
"A instalação de mísseis Dongfeng-41 perto das fronteiras com a Rússia representa uma menor ameaça para o nosso país do que se fossem instalados no interior do país. Os mísseis desse tipo têm, regra geral, uma grande zona morta", comunicou ele, acrescentando que tais características excluem o Extremo Oriente da Rússia e a Sibéria Oriental da zona de um possível ataque. Se a China quisesse atacar a Rússia, ela colocaria esses mísseis muito mais ao sul.
DF-41 é um míssil balístico intercontinental com alcance máximo de 12 mil quilômetros e está equipado com ogivas de orientação individual.
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