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quarta-feira, 10 de maio de 2017

Em minha opinião, as "zonas de des-escalar" na Síria são movimento espertíssimo. Graças a Deus.

Sic Temper Tyrannis

Dos ComentáriosLurker (em resposta a pmr9, 8/5/2017, 6h26)

As zonas de des-escalar visam a prevenir e impedir futuras provocações (ataques químicos sob falsa bandeira) já em preparação por agentes britânicos, franceses e/ou turcos. Os 'White Helmets' não terão mais nenhuma oportunidade para produzir e encenar um daqueles filmecos classe "B".

Traduzido pelo coletivo da vila vudu

Já começo a achar que Putin e Lavrov são ainda mais espertos do que eu pensava. A proposta saída do processo de Astana, para que se criem "zonas de des-escalar" na Síria, oferece alguma coisa para todos os envolvidos:


1. Governo e Exército Sírios receberão da Rússia ainda mais aconselhamento e ajuda. Prova disso, forças R+6 estão-se reunindo na área leste da província de Homs para movimento massivo com vistas a libertar Deir al-Zor. As Forças Tigre e o 5º Corpo do Exército Árabe Sírio parecem estar tomando posição para puxar essa avançada. Esse esforço, que evidentemente será conduzido com total apoio aéreo dos russos e suporte de instrutores russos absolutamente não indica que os russos tenham "jogado a toalha" e lavado as mãos de qualquer compromisso com o destino do atual governo sírio.

2. Ao mesmo tempo, exame da localização das propostas "zonas de des-escalar" mostra que são, todas, áreas dominadas sob a proteção e apoio de patrocinadores estrangeiros: Arábia Saudita, Israel, Turquia, os estados menores do Golfo e, provavelmente, ainda os EUA. A criação desses supostos Bantustões de jihadistas agradará aos respectivos patrocinadores, mas não deveria agradar.

3. Por quê? A forças militares jihadistas da própria al-Qaeda, descendentes dela ou a ela conectadas nessas áreas estão excluídas dos termos e da proteção do "acordo". Significa que, depois de concluída a operação Deir al-Zor, as forças R+6 estarão livres para concentrar toda a atenção em destruir forças terroristas jihadistas nesses enclaves.

4. Em minha modesta opinião, Putin quer melhorar as relações com os EUA. Trump provavelmente acreditará que esse movimento seja expressão genuína de boa vontade, mais do que manobra militar espertíssima. Acompanhem o desenvolvimento de um conjunto de propostas para alguma coisa semelhante a um referendum supervisionado pela ONU (como o que se realizou na Crimeia, sobre a anexação), e uma proposta para criar-se comissão militar mista EUA-Rússia, para determinar o estado atual das coisas no Donbas e, em geral, no leste da Ucrânia [vejam Relatório da Guerra na Síria, 5/5/2017, Southfront, vídeo, ing.]. 

blogdoalok

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