Forças Armadas devem receber armamento após Start-III vencer, em 2021. Foto:Serguêi Kazak/TASS
O ministro da Defesa russo, Serguêi Choigu, declarou nesta semana que a fabricação do novo míssil balístico intercontinental “Sarmat” está ocorrendo "praticamente 24 horas por dia".
Segundo especialistas militares, isso prova que o novo método de contenção militar tem importância estratégica para a Rússia.
O “Sarmat” é um míssil balístico intercontinental de propulsão por combustível líquido que pesa 100 toneladas e pode transportar uma carga de até 10 toneladas.
O míssil deverá ser entregue às Forças de Mísseis Estratégicos até 2020, e substituirá o míssil estratégico mais pesado e perigoso do mundo, o “RS-20V Voievoda” (segundo a classificação da Otan, “SS-18 Satan”), que pesa 211 toneladas e transporta uma carga de até 8,8 toneladas.
"O novo míssil será mais leve e terá alcance maior. Enquanto o ‘Voievôda’ pode voar 11 mil quilômetros, o ‘Sarmat’ cobrirá uma distância de até 17 mil quilômetros. Segundo os engenheiros, o ‘Sarmat’ poderá voar pelo Pólo Sul, uma zona sem escudos antimísseis ", disse o analista militar da agência de notícias Tass, Víktor Litóvkin.
Diferentemente do ‘Voievôda’, que tem 10 ogivas, o ‘Sarmat’ terá pelo menos 15 ogivas nucleares guiadas individualmente. As ogivas funcionarão como bombas de fragmentação, com uma capacidade de 150 a 300 mil toneladas, e poderão ser lançadas separadamente contra alvos diferentes.
Segundo o ex-comandante das Forças de Mísseis Estratégicos e general-coronel aposentado Víktor Éssin, o ‘Sarmat’ poderá voar a velocidades hipersônicos (superiores à Mach 5, ou 6.120 km/h), e mudar de trajetória e altura de voo para excluir a possibilidade de ser interceptado.
"Nenhum sistemas de defesa aérea pronto atualmente ou em desenvolvimento será capaz de interceptar esse míssil", disse Éssin.
As primeiras unidades militares a receber os novos mísseis serão as divisões de Forças de Mísseis Estratégicas de Krasnoiarsk (4.150 km a leste de Moscou) e de Orenburg (1.450 km a leste de Moscou).
Segundo analistas militares, a nova arma será entregue às Forças Armadas em 2021, após o vencimento do Tratado para Redução de Armas Estratégicas (Start-III).
"Em 2020, os EUA iniciarão a modernização de sua tríade nuclear (bombardeiros estratégicos, mísseis balísticos e submarinos), que custará US$ 1 trilhão. Assim, o novo míssil nuclear russo será um método de contenção", completa Éssin.
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