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sábado, 14 de julho de 2018

Veneno para todos: Deputada de MS é eleita "Musa do Veneno” em debate sobre agrotóxico.Relator do projeto dos agrotóxicos é dono de empresas do setor

Tereza Cristina é presidente de comissão que aprovou ontem parecer de projeto conhecido como "PL do Veneno", que também teve voto favorável do deputado Geraldo Resende.
[Imagem: 640x480-c9879fc7e643eedbd23c0065172e2128.jpg]

deputada federal Tereza Cristina (DEM) tem recebido duras criticas como presidente da comissão que aprovou ontem (25) parecer a favor do Projeto de Lei que flexibiliza o uso dos agrotóxicos no Brasil. Mas os ataques parecem não atingir a bancada ruralista que comemorou a aprovação da proposta chamando a sul-mato-grossense de “Musa do Veneno”.

Entre militantes que chamam a proposta de "PL do Veneno", a indignação contra Tereza Cristina cresceu depois que o jornal Folha de São Paulo divulgou detalhes do jantar realizado após a aprovação do parecer, em um dos restaurantes mais badalados de Brasília, à beira do Lago Paranoá. 

Com direito a vinho, bacalhau e discursos inflamados, a festa com cerca de 40 pessoas reuniu parlamentares ruralistas e representantes de entidades ligadas ao agronegócio. Durante o evento, Tereza lembrou que eles “ganharam a batalha”, mas que havia uma “guerra” pela frente, já que o projeto será votado no plenário da Câmara dos Deputados e depois retorna ao Senado Federal.

Restrição – O parecer pelo andamento do Projeto de Lei foi aprovado ontem (25), em Comissão Especial, por 18 votos a favor e 9 contra. O processo teve bate-boca e troca de acusações, e até bomba falsa, colocada pelo Greenpeace no auditório onde ocorreria a votação na semana passada.

A Ong alegou que a manifestação era apenas um mala com relógio, en “protesto” contra a mudança, mas depois do ocorrido, Tereza Cristina decidiu pela sessão restrita a parlamentares, assessores e jornalistas credenciados. Diante do acesso bloqueado, as manifestações contrárias não ficaram apenas nos ativistas e envolveram artistas, como Bela Gil, Caetano Veloso, Astrid Fontenelle, Patrícia Pillar e Caco Ciocler.

Além de Tereza Cristina, o deputado Geraldo Resende (PSDB) também votou a favor da flexibilização do uso de veneno. “Aprovamos uma legislação mais moderna para o setor, que vai permitir o uso de produtos mais seguros, quem faz polêmica desconhece o tema e cria mentiras para enganar a população”, justificou ele.

Projeto – O Projeto de Lei libera, por exemplo, aplicação de produtos proibidos hoje no Brasil, além de dar mais autonomia ao Ministério da Agricultura, em detrimento aos órgãos de controle como Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente).

Ontem, durante o jantar de comemoração, acompanhado pela Folha de São Paulo, o relator Luiz Nishimori (PR-PR) disse que não há motivos para críticas. "Vocês que estão comendo aqui essa comida, essa alface, sabem que está tudo bem".

Para os críticos, a proposta facilita a entrada de venenos no País e de doenças à mesa dos brasileiros. Eles são contra por exemplo o “registro temporário” destes produtos, medida que não existe na atual legislação.

O Campo Grande News entrou em contato com a deputada Tereza Cristina, mas ela não retornou as ligações até o fechamento da reportagem. A assessoria informou que ela está em uma agenda externa em Brasília, mas que irá se pronunciar sobre o tema ao longo do dia.

https://www.campograndenews.com.br/polit...agrotoxico

Se já não bastasse o brasil ser um dos países com mais produtos químicos no alimento, agora teremos ainda mais agrotóxicos. Quem agradece é a Nom e a Bayer(antiga monsanto).

Relator do projeto dos agrotóxicos é dono de empresas do setor

[Imagem: luiz_nishimori_lucio_bernardo_jr_camara_...807345.jpg]
Relator do projeto de lei que flexibiliza regras para a liberação de agrotóxicos, o deputado Luiz Nishimori (PR-PR) está por trás de duas empresas que vendem venenos agrícolas. Sediadas em Marialva, no interior do Paraná, a Mariagro Agricultura e a Nishimori Agricultura comercializam e prestam serviços relacionados a sementes, fertilizantes e "defensivos fitossanitários" (o nome usado para amenizar o peso negativo do termo "agrotóxicos").

O parlamentar fez carreira como produtor de soja na região de Marialva antes de entrar na política. Ele nega que será beneficiado caso o projeto vire lei.

Uma das empresas de Nishimori, a Mariagro Agricultura, chegou a vender um volume tão grande de agrotóxicos que bateu a meta de vendas estipulada pela Syngenta, multinacional que fabrica defensivos. Segundo o deputado, sua empresa teve de entrar na Justiça para receber o prêmio em dinheiro. O processo ainda está em aberto. Para Nishimori, a abertura do processo indica sua isenção com relação a grandes indústrias de agrotóxico.

Os dois empreendimentos estão em nome de familiares de Nishimori (a mãe, a esposa e os filhos), de modo a não serem vinculados diretamente a ele. O deputado tampouco precisou listar as empresas na declaração de bens exigida pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Ambas as empresas estão ativas e constam em relatório produzido pela Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), de 2014, que listou estabelecimentos que se inscreveram para receber permissão para o comércio de agrotóxicos. Naquele ano, Nishimori já era deputado e membro da bancada ruralista em Brasília.

A última versão da lista, de 2017, não tem o nome dos empreendimentos. Porém, as empresas continuam sendo reconhecidas por comerciantes agrícolas da região como revendedoras de agrotóxicos.

Nishimori diz que suas empresas pararam de vender agrotóxicos "há muito tempo, uns 20, 30 anos". Quando questionado pelo Congresso em Foco sobre a presença na lista de vendedores de agrotóxicos de 2014, há quatro anos, o deputado desconversou e quis encerrar a entrevista.

"Desde que entrei na política, em 2002, que não vende [agrotóxico]. Eu acho que vocês estão distorcendo", disse. "Minha vida pessoal não tem nada a ver com a atuação parlamentar", continuou o deputado.

Marialva, cidade de Nishimori, de forte base rural, é uma das que mais utilizam defensivos no Paraná. Apenas em 2015 foram vendidos 1.332 toneladas de agrotóxicos no local, o décimo maior volume entre os 399 municípios do estado.

Na última campanha, o parlamentar recebeu doações de R$ 30 mil da Cocari (Cooperativa Agropecuaria e Industrial) e outros R$ 30 mil da Integrada Cooperativa Agroindustrial. Ambas as empresas fazem parte da Lista de Comerciantes de Agrotóxicos da Adapar. Ao todo, o deputado recebeu R$ 2,5 milhões entre doações e transferências.

O projeto

Nishimori foi o responsável por analisar e emitir um parecer sobre o projeto de lei número 6.299, apresentado em 2002 pelo então senador Blairo Maggi, hoje ministro da Agricultura.

O texto ficou adormecido por anos, até que voltou a tramitar de modo acelerado neste ano. O pano de fundo é o lobby da indústria e de produtores, que colocava a aprovação da proposta como contraponto ao apoio a pautas de interesse do governo, como as reformas econômicas. Os ambientalistas tacharam o projeto de lei de "PL dos Venenos".


1-A proposta relatada por Nishimori muda pontos-chave da Lei de Agrotóxicos, de 1989. Entenda:

2-Muda a definição do que é "aceitável" nos venenos. O texto mantém a proibição de produtos que podem causar riscos graves à saúde, mas os danos teriam que ser "inaceitáveis". Fica em aberto quais seriam os riscos que se encaixam nessa categoria.

3-Limita o prazo para que órgãos competentes avaliem e liberem substâncias usadas em defensivos para de 30 a 180 dias. Também cria a figura do "registro provisório".

4-O Ministério da Agricultura passa a centralizar a aprovação de agrotóxicos. Hoje, a competência é dividida entre Ministério da Agricultura, Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) e Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Os dois últimos são vinculados aos ministérios do Meio Ambiente e da Saúde.

5-Passa a chamar agrotóxicos de "defensivos fitossanitários".


Os defensores do projeto, incluindo Nishimori, afirmam que as normas vão acelerar e modernizar processos e trazer mais segurança alimentar. Para opositores e entidades ligadas à saúde, as alterações colocam em risco a saúde da população e podem permitir o uso de substâncias potencialmente perigosas na produção agrícola.

O projeto foi aprovado em 25 de junho pela comissão especial que analisou o tema --e tem, entre seus 26 integrantes, 20 ruralistas. Agora, segundo Nishimori, a intenção é que o projeto seja debatido em breve no plenário da Câmara.

O deputado é ainda relator de 15 projetos, sendo oito ligados a interesses da bancada ruralista. Um deles é que limita a venda de produtos orgânicos em algumas situações, que causou polêmica nos último dias.

"Musa do Veneno"

Após ficar contrariado com as perguntas do Congresso em Foco sobre as empresas, o deputado encontrou a colega Tereza Cristina, presidente da Frente Parlamentar da Agricultura e apelidada de "Musa do Veneno", devido ao trabalho que fez para aprovar o projeto na comissão especial. Eles se abraçaram, e Nishimori reclamou com a colega sobre a situação.

A deputada concordou. "Hoje todo mundo pensa que o voto da gente é vendido. Não se pode destoar. As pessoas medem a gente pela régua errada", respondeu Tereza Cristina.

https://congressoemfoco.uol.com.br/legis...-do-setor/

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