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quarta-feira, 29 de agosto de 2018

Histeria norte-americana no encontro Bolton e Patrushev

Ruslan Ostashko (legendas do vídeo, trad. do ing.) em The Vineyard of the Saker 

As conversações de Genebra terminaram de modo ainda mais cômico do que se esperava.

O Conselheiro de Segurança Nacional do presidente dos EUA, John Bolton, simplesmente não conseguiu assinar a declaração final conjunta do próprio Bolton e do secretário do Conselho de Segurança Nacional Russo, Nikolai Patrushev.

Lembram do que eu disse antes da reunião EUA-Rússia em Genebra? Eu disse: Não concordarão sobre coisa alguma. Nada."


De fato, não concordaram sobre coisa alguma. Nikolai Patrushev nem tentou ocultar a identidade do culpado.

"Planejamos assinar uma declaração ao final do encontro, mas não assinamos a declaração, porque os EUA queriam que nós 'declarássemos' que interferimos nas eleições deles. E sempre negamos qualquer interferência."

"Significa que o assunto é fraco demais para ser discutido. 'Assunto fraco' significa que um lado espera que o outro reconheça crimes imaginários, que tenham servido como pretexto para sanções."

Vejam o patético da política exterior dos EUA. "Sabemos que vocês interferiram em nossas eleições. Temos provas. Mas são provas tão secretas, que não mostraremos a ninguém. Aqui vão as sanções que já aplicamos a vocês".

"Enlouqueceram completamente?! Não interferimos em eleição nenhuma". / "Reconheçam que interferiram. Só assinaremos a declaração conjunta, se vocês reconhecerem". 

- "Não reconhecemos porcaria nenhuma. Vocês dizem que têm provas. Por que precisam de reconhecimento nosso, se têm provas?!" 

- "OK. Assim sendo, aqui estão sanções adicionais, por falta de reconhecimento de interferência." 

Parece completa imbecilidade? Não, não... É a nova diplomacia de Washington.

De fato, nem houve conversações, porque só os EUA falaram e só fizeram exigir uma coisa: capitulação. Por que capitularíamos, se os EUA são absolutamente impotentes contra nós, militarmente

e até no campo econômico os EUA borraram-se no governo Obama e continuam por aí, andando com as fraldas sujas? Há exemplos.

Eis o que Bolton disse sobre esforços para chegar a um acordo com os russos sobre o Irã. "Patrushev propôs que se determinem limites geográficos para a presença de forças iranianas na Síria,

e os EUA, em troca, adiariam a imposição de novas sanções."
Já recusamos essa proposta e recusamos hoje novamente. As sanções voltarão. É um dado.

Vejam como os russos são perversos. Basicamente, estamos falando sobre o desejo de Israel de se autoproteger contra o conflito com o Irã em território sírio.

A Rússia diz OK, definam limites geográficos para a presença das forças armadas iranianas. O que dizem os norte-americanos? 

"Putin tem de capitular, Khamenei tem de capitular. Ou capitulam, ou mandamos mais sanções no traseiro de vocês".

Como poderia alguém sequer tentar chegar a um acordo com os norte-americanos? A visão dos norte-americanos é tão distorcida, 

que ainda pensam em termos de 2001, quando os EUA ainda tinham dinheiro para invadir o Afeganistão sem consultar ninguém.

Basicamente, os russos estamos lidando com gente doente, pervertida. Por isso, apesar de todas as declarações de que as conversações foram produtivas, não houve avanço algum nem há avanço algum à vista.

Para que o modelão norte-americano mude, Washington tem de sofrer derrota militar humilhante, que não possa ser ignorada, que não possa ser ignorada nem desintegrada sob o peso dos problemas econômicos.

Depois disso, então, terão outras coisas com que se preocupar, em vez de só pensar em lançar ultimátuns. Não vejo outro jeito.

É claro que a Rússia não tem planos de lutar militarmente contra os EUA. Basta reforçar as defesas russas, de modo que os EUA não consigam atacar a Rússia.

Nesse caso, que escolhas há? Continuar comprando ouro; parar de usar EUA-dólares nos negócios; ir recolhendo os vassalos que o hegemon está perdendo. A Turquia, por exemplo. 

Continuar a surpreender nos movimentos geopolíticos, como o surgimento de soldados russos na República Centro-africana; e manter a calma.

Esses Boltons que corram pelo mundo, com os seus ultimátuns. Basta ignorá-los, como fez o sempre sorridente governante da Coreia do Norte.

Rússia não tem medo dos EUA. É inútil os EUA tanto se esforçarem para meter medo nos russos.

Eles sabem que não temos medo deles. Daí nasceram aqueles chiliques histéricos em Genebra. [Fim da transcrição]

blogdoalok

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