O Saab Gripen NG está se tornando um jogador muito sério no mercado de caças de nova geração. A máquina sueca está se tornando cada vez mais popular. Especialmente após o anúncio de outubro de 2014 no qual foi revelado que a SAAB havia vencido a concorrência para o fornecimento de 36 caças Gripen NG para a Força Aérea Brasileira, um contrato estimado em mais de US $ 5,4 bilhões.
A Força Aérea Brasileira encomendou 28 caças monoposto e outros 8 bipostos num pedido feito à SAAB no início de dezembro, as entregas estão programadas para o início de 2019. Na sequência do anúncio do Brasil, outro país sul americano alegadamente demonstrou interesse no caça sueco, a Argentina, porém, nada de oficial tem sido ouvido desde então.
Além disso, a empresa sueca venceu uma concorrência na Suíça, mas, no final, como resultado de um referendo, Berna não autorizou a concretização do negócio. Porém, isso não muda o fato de que o avião é bastante utilizado no mundo, países como a República Tcheca, África do Sul, Tailândia e Hungria já são usuários da aeronave sueca. Curiosamente, o caça escandinavo também é utilizado na British Empire Test Pilot School , em seu programa de treinamento para pilotos de teste. Eslováquia e Bulgária também são países que estão considerando a compra do caça produzido pela SAAB.
Em setembro, a República Checa junto com a Eslováquia e Suécia assinaram em Praga um acordo de cooperação no domínio da potencial aquisição Gripen pela Eslováquia. Além disso, a aeronave está sendo considerada como uma opção para substituir o F-16AM/ BM da Dinamarca bem como pode se tornar o sucessor do F-5 Tiger Indonésio.
Na Indonésia, o Gripen tem uma concorrência muito forte, também sob a forma de máquinas um pouco mais pesadas, caças de maior desempenho para a sua categoria. O Ministério da Defesa no país asiático está avaliando a possibilidade de adquirir o caça russo Su-35, ou o americano F-15, F-16.
Como relatou o portal defenseworld.net, um dos principais argumentos a favor da aquisição Gripen é a possibilidade de cooperação industrial com o fabricante. Para a Força Aérea Brasileira, a escolha pelo Gripen foi a mais barata. Em comparação, por exemplo, aos custos de aquisição e manutenção do caça francês Dassault Rafale declaradamente cerca de 50% mais caro. A SAAB estima um mercado potencial para cerca de 300 unidades variantes di Gripen NG .
De acordo com a análise realizada pela Jane’s IHS o Gripen é atualmente o mais barato dos caças no mercado em termos de custo de vida no serviço. Seguido de perto pelo F-16, F-18 e outros caças, até de nova geração 4.5 / 5, como o Rafale, Eurofighter e F-35. Para efeito de comparação, podemos citar os dados – o custo estimado de horas de voo do Gripen segundo a Jane’s é de cerca de US$4700, enquanto o do F-35 é de cerca de US$ 31 000.
Um preço muito menor, porém, pode o Gripen igualar a gama de habilidades em batalha aos da concorrência?
Fuselagem
O Gripen NG será capaz de permanecer no ar por mais tempo, em comparação com as versões mais antigas. Tem uma capacidade 40% maior no tanque de combustível comparativamente as versões C / D, e um novo motor que lhe confere a capacidade supercruise, o que significa que a aeronave será capaz de atingir velocidades supersônicas sem o uso de pós-combustão. Diz-se que a última versão do avião sueco atinge velocidade de cruzeiro de 1,3 Mach.
A versão NG também possui mais pontos de suspensão externa, o que lhe permite transportar mais armas na fuselagem e sobre a extremidade das asas. A cobertura pode ser estendida ainda mais, se para isso for utilizado o recurso do reabastecimento aéreo.
Equipamentos Eletrônicos
O Gripen foi uma das primeiras aeronaves concebidas desde o início para ser multiprósito, capazes de executar todo o tipo de missão. Uma característica muito importante para este feito é a mais recente versão do caça que terá integrado a si um radar AESA o ES-05 Raven, produzido na Escócia, pela empresa Selex. A antena consiste de 1000 componentes ativos, cada um dos quais é capaz de emitir um feixe eletromagnético não é necessário orientá-la fisicamente na direção do alvo.
Além da antena de radar SELEX, é utilizado no caça sueco um dispositivo chamado Swashplate. Que consiste numa placa sobre a qual está montado o radar, em rotação em relação ao eixo longitudinal. A estação de radar está inclinada com um ângulo de 30 graus e o piloto que desejar manter o controle de alvos, por exemplo, no hemisfério esquerdo frontal, pode posicionar todo o radar ao longo do eixo longitudinal. Este recurso permite-lhe alargar o âmbito da digitalização de até 100 graus. A brusca mudança de direção é muito rápida, varrendo uma área de digitalização ainda maior.
O leitor pode fazer a pergunta – quais são as vantagens da utilização deste tipo de dispositivo? A estação é capaz de seguir alvos de forma independente das estruturas de superfície e de ar, e ao mesmo tempo, levar a cabo o processo de seguimento e de varredura. Essas opções não estavam disponíveis até agora para os radares de varredura mecânica, o que melhora a capacidade de combater caças em manobra.
O Gripen NG também é equipado com um sistema de detecção de alvo passivo do tipo IRST infravermelho, que são conhecidos para a aplicação da maioria dos caças russos Su-27 e MiG-29 (também nos norte-americanos, por exemplo. F-14). É um dispositivo muito útil que permite a detecção de alvos, sem comprometer a divulgação ao seu oponente da sua presença por meio da emissão do feixe de radar. O IRST é fixado no nariz da aeronave tal qual o é nos caças russos. O sistema também permite a detecção de aeronaves com reduzida emissão de radar e fora do intervalo de visibilidade. Especialistas da empresa Selex alegam que testaram o dispositivo para a detecção de caças furtivos obtendo êxito nos ensaios.
Para as missões multitarefa, o NG pode transportar inúmeros módulos de reconhecimento e escuta eletrônica. No caso da suíça, fora ofertado ao pacote de sistemas o dispositivo Rafael Reccelite. Também é possível usar o sistema de SAAB PRM ou DJRP produzido pela Thales.
Para a designação de alvos o Gripen usa o sistema litening III produzido pela empresa Rafael. Ele pode orientar o próprio caça ou outra aeronave que esteja em condição de lançamento da sua arma guiada a laser. O Litening III também possui uma câmera FLIR de alta resolução com um amplo campo de visão e uma câmera com base em CCD, que permite gerar imagens de alvos na faixa da luz visível.
O caça sueco também é equipado com um novo conjunto de guerra eletrônica MFS-EW. Ele também pode atuar como um meio passivo de detecção (RWR ou alertas de chamada Maws para alertar o piloto de mísseis que se aproximam). No modo ativo o sistema de guerra eletrônica do Gripen permite a efetiva interferência do radar inimigo. É conjugada com outras medidas de proteção, como chaff e flares.
O Gripen NG pode se comunicar livremente com todas as unidades aliadas no campo de batalha. O Sistemas de transmissão de dados Multiscale permitem um alto grau de consciência situacional para todos os participantes da operação. A comunicação é realizada através de um link de dados, bem como a ligação do sistema de barramento 16. A Saab diz que há também a capacidade de integração com outros sistemas e que pode configurá-los de acordo com o interesse do usuário final. Um fato interessante é que a mais recente variante do dispositivo sueco, possui um sistema de barramentos de dados e Ethernet de alta velocidade, o que aumenta ainda mais o intercâmbio de informações sobre o campo de batalha.
Meios Destruição
A aeronave utiliza uma grande variedade de armas. Na medida em que o principal função do Gripen é a arena Ar-Ar a coluna vertebral do sistema reside no míssil BVR Meteor, que foi desenvolvido no âmbito da cooperação europeia. É uma nova geração de mísseis com propulsores que lhe garantem velocidades constantes e potencia ao longo de toda a sua trajetória em voo, de acordo com os materiais de marketing da Saab, este sistema permite em determinados padrões de operação que se duplique o alcance da arma em comparação com as soluções dos concorrentes. O Gripen foi a principal plataforma de testes para o programa de desenvolvimento dos mísseis Meteor, no âmbito do sistema de armas. Como alternativa, o caça também pode usar o míssil AMRAAM, R-Darter ou Derby.
Quando se trata de armamento ar-ar de curto alcance, os principais meios de destruição são o míssil sueco IRIS-T. Um míssil desenvolvido também em âmbito Europeu, a arma de alto poder de manobra é de guiamento por infravermelho e pertence ao grupo armas do tipo “dispare e esqueça”.
O grau de manobrabilidade permite o disparo do míssil na direção oposta à direção de voo do caça, graças ao propulsor conjugado com um sistema de vetorização, a arma pode engajar alvos a qualquer ângulo memso estando fora da linha de visada do piloto. A arma de cano rápido baseia-se no canhão 27 mm Mauser BK27, alocado no interior da fuselagem, que também podem ser utilizados para combater alvos terrestres.
No que diz respeito aos problemas anteriores com a integração de armamentos da OTAN, os caças SAAB Gripen NG terão novos aviônicos de arquitetura flexível que permitem o uso de praticamente qualquer tipo de armas padrão OTAN. A variedade de mísseis WVR integráveis varia desde os mísseis Sidewinder, aos A-Darter, ASRA ou Python. Por conseguinte, o caça sueco pode ser adaptado para uma variada gama de armas, à um custo muito mais baixo que os dos seus concorrentes.
Os usuários Gripen NG também poderão empregar uma variedade de armamentos ar-terra, incluindo bombas não guiadas, como MK82, Mk83 e Mk84, e guiadas por laser – GBU-12, GBU-16 e GBU-10. O caça também pode usar as bombas GBU-49, controladas por sistemas híbridos de orientação por GPS ou laser. Além disso, a aeronave também integra as bombas GBU-3, SDB.
Quanto aos mísseis guiados ar-terra, o Gripen NG é integrado com os suecos SAAB RBS15, que foi baseado no previamente desenvolvido míssil ar-mar, integra os mísseis JASSM, caracterizados por um alcance um pouco mais curto. O míssil possui um dispositivo eletrônico próprio que o permite realizar manobras evasivas, enganando as defesas aéreas inimigas.
Outra arma, que pode ser usada é o sistema sueco-alemão KEPD 350, que tem uma estrutura modular. Ele é usado para destruir posições fortificadas e estratégicos, como estações de radar. As armas ar-superfície são complementadas pelo míssil americano AGM-65 Maverick e o canhão. Os suecos também estão trabalhando na integração do mísseis MBDA Brimstone, o que pode ser uma alternativa para Maverick.
Como você pode ver na descrição acima, a SAAB tomou medidas que visam colmatar as lacunas operacionais com equipamentos com os sistemas da OTAN, o que elimina um dos maiores males do Gripen, que era a incapacidade de usar munições utilizadas pelos países do Tratado do Atlântico Norte.
Conclusões
À luz destes dados, a capacidade oferecida pelo Gripen, bem como o custo relativamente baixo de vida, o tornam uma opção interessante no mercado de aeronaves de nova geração. Ele tem as características essenciais que lhe permitem classificar-lo como um caça 4.5G, que pode ser comparado com o Eurofighter ou Rafale. Está habilitado a integrar as mais modernas e variadas gamas de munições hoje empregues pelas potências bem como os mais modernos meios de detecção, tais como radar AESA e um sensor IRST. Tudo isso faz com que os países que desejam aumentar a capacidade da sua Força Aérea a um baixo custo venham a considerar seriamente a compra de deste vetor, projetado e produzido pela SAAB.
Fonte: Defence24 / PlanoBrasil
Parece que o Brasil, fez a diferencia para o grupo SAAB , palavras de um dos seus diretores.
ResponderExcluir.
A parceria com o Brasil poderá no futuro render uma parceria de um projeto de 5° ou quem sabe, de 6° geração .
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Eu particularmente, um Drone que tenha uma autonomia pra patrulhar as nossas costas marítimas e uma arma tática como linha de frente para defender-nos contra qualquer invasão marítima à nossas costas, seria a "mão-na-roda" para nossa defesa costeira e fronteiras secas.
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Usando esse Drone em um ataque no estilo "kamekaze", recheados de explosivos e torpedos; daria uns grandes estragos para qualquer frota intrusa pensar duas vezes em aventura na nossa amazônia azul.
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Drones não tem vida e isso por si só, causa um efeito psicológico para aqueles que tem e para os políticos que colocam em risco a vida dos seus marinheiros ..... quem dizer do contrário, está mentindo ... rsrsrsr.